Calma, amigos, às vezes a sujeira vem do mar. Mas venha de onde vier, compete às autoridades do município recolher e não apenas amontoar, já que a faixa de areia é pequena, há grande movimentação de turistas e isso aí é um balneário catarinense cujo litoral é cantado em prosa e verso mundo afora.

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Do jeito que gerou reclamações – sábado, um vendedor de picolés veio à redação da RBS TV Blumenau reclamar, “não consigo andar pela praia com o carrinho” – é bom que não se repita, pois acaba afugentando turistas. E nativos.

Praia de Armação, Penha.

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Cidade grande (1)

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Em minha adolescência houve um paulistano na turma. Viera estudar em Rio do Sul, no Colégio Dom Bosco, regime de internato. Nós o chamávamos de “Paulistinha”, o fato de ter vindo da maior cidade do Brasil lhe dava um status automático, “o cara veio de São Paulo”. Vanderlei – esse era o nome – nos contava coisas da cidade grande, dos prédios que não tínhamos na pequena Rio do Sul, 30 mil habitantes. Morávamos ainda em casas com quintais e árvores frutíferas, que inveja dos apartamentos com elevador da cidade grande. E o trânsito, então? Custávamos a crer que havias filas muito lentas, todo mundo indo para o mesmo lugar ao mesmo tempo, milhares de carros. Assalto a banco, tráfico de maconha, perseguições policiais, homicídios, aquelas coisas de cinema que o Paulistinha nos garantia acontecer em São Paulo todos os dias, tudo muito longe de nós, só mesmo imaginando, nunca tínhamos visto.

Cidade grande (2)

Isto foi nos anos 1970. Crescemos, amadurecemos – alguns mais, outros menos – e, claro, todos estivemos em São Paulo em mais de uma ocasião. Mas se tivéssemos ficado em nossa cidade pequena sem dela nunca sair, São Paulo teria vindo a nós. Aliás, veio. De bom, mesmo, só os apartamentos com elevador.

Hipocrisia?

Uma das facetas mais estranhas do comportamento humano, para mim, é o pensamento excludente. Se você gosta de animais é porque não gosta de crianças, se gosta de alho é porque detesta bugalho e assim vai, ao infinito.

Tenho sugerido, aqui e no Jornal do Almoço da RBS TV Blumenau, que o combate ao aedes depende, claro, de providências das autoridades e talvez até mais de atitudes da população. Não ter criadouro em casa já é uma colaboração e tanto, denunciar criadouros alheios também.

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Pois já disseram que jogo toda a culpa na população, que isso é hipocrisia minha e de toda a imprensa, blablablá.

Aí já é deturpar!

Vamos de carona

Foto: André Schroeder, arquivo pessoal

Leitor fiel é assim, leva junto nosso Santa até quando vai para a praia.

Enganação antiga

Lembram-se, garotões da minha geração, que nos extasiávamos perante a beleza perfeita das modelos, do brilho dos olhos à textura da pele, afora outros detalhes? Dizíamos: “Mulher assim não existe!”. Pois não existe mesmo, o tal Photoshop, mesmo com outros nomes e métodos, sempre comeu solto na produção das tais deusas.

Só dói quando respiro

Agora que está passando a ressaca dos festejos, dá uma espiada nos aumentos que estão chegando. Bebidas alcoólicas – tudo bem! -, smartphones, tablets e notebooks, só para começar. Combustíveis, logo em seguidinha. Vai ser um ano superlativo, mesmo.