O edifício América, que desde 1979 enfeia o Centro Histórico de Blumenau (a construção foi iniciada em 1977) é a cara do Brasil burocrático. A coisa não anda, a solução não chega, tende a ficar pior na medida em que o tempo passa.

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Sei, o assunto chega a ser chato. Mas não é incrível que a decisão sobre um simples imóvel – finalização ou demolição – já se arraste há praticamente 37 anos?

Foto: Valther Ostermann, Agência RBS

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Não faz falta

Isso de o ministro da Saúde pedir licença do cargo para ser deputado por um dia e votar em votação interna de seu partido, o velho PMDB de guerra, é coisa antiga, não sei o porquê de tantas críticas.

Ora, o ministro não faz falta, isso fica claro. Em plena guerra declarada pelo governo contra o mosquito, medicamentos faltando, hospitais à míngua, o ministro pode sair para votar como o governo quer, o caos continuará o caos.

Além disso, todos eles – ministro, partido político e governo federal – deixam claro o que só não sabe quem é distraído: a prioridade não é o país. Nunca foi.

Sumiram!

Ou meu computador é vítima de virose ou, hipótese mais provável, apertei algum botão que não deveria, mas o fato é que perdi todos os e-mails que estufavam a caixa de entrada de minha caixa postal. Estou verificando. Aos amigos que me escreveram nos últimos três dias peço a gentileza de reenviar.

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Admito, sou uma anta cibernética.

Fácil, porém difícil

A tecnologia facilitou a cobrança remota, o cidadão pode pressionar seu representante no Congresso para votar de acordo com o interesse da sociedade. Não precisa gastar com telefonemas interurbanos, basta um clique e a mensagem por e-mail chega lá.

O problema é que não dá para ter certeza que será lida pelo destinatário.

O congressista poderá estar:

1. Participando de um congresso sobre a reprodução de golfinhos em Miami

2. Depondo no Conselho de Ética

3. Participando da comitiva presidencial em visita à Venezuela

4. Empossado como ministro de alguma coisa

5. Preparando sua defesa na Operação Lava-Jato

6. Preso.

Mas não, hein?

“Voto deveria ser facultativo, o voto obrigatório abre a porta para a corrupção”, disse um conhecido, entre um gole de café e outro. Já ouvi de outros, outras vezes. Continuo não atinando com o raciocínio que fazem. Voto facultativo não pode ser comprado, então?

Vai aglomerar

Alguns milhares de blumenauenses ainda não fizeram o recadastramento eleitoral, apesar da facilidade. Dá para antever as imensas filas que se formarão nos últimos dias. E os comentários: “Olha essa fila, estou aqui há meia hora, isso é uma vergonha!”.

Esse é um caso raro em que o órgão governamental fez sua parte e fez bem; o eleitor é que não correspondeu.

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Paralelos

De um blumenauense que não se entrega:

– A Ponte Hercílio Luz é o Vapor Blumenau de Florianópolis.

Bela estufa

Foto: André Schroeder, arquivo pessoal

O calor do Médio Vale faz até manauara se queixar do sufoco. Mesmo os que amam esse pedacinho de Brasil admitem que poderia ser um pouquinho menos agressivo. Mesmo assim, proporciona belas imagens.