O projeto social de incentivo à leitura, na orla da praia de Balneário Camboriú, acabou por retratar o nível da educação brasileira: virou depósito de lixo. É desrespeito demais.

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Deixa pra depois

O feriadão informal de Blumenau, que já é tradição, acaba domingo. Segunda-feira a vida volta ao normal. Comércio totalmente aberto, com as raras exceções de empresas que curtem férias anuais e coletivas de 30 dias corridos; transporte urbano funcionando, mesmo que aos trancos, barrancos, ressentimentos e desconfiança; serviços públicos essenciais mantidos, garante a prefeitura que só reabrirá as portas dia 18.

Pensando melhor… ao normal, normal, também não. Acaba ficando na média nacional, que só pega pra valer depois do carnaval.

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Tem preço (1)

No primeiro dia do ano a entrada para Bombinhas ficou mais cara. Vai ser o berreiro de sempre, como é natural numa nação em que dela tudo é cobrado e pouco é retornado. O berreiro vai durar um tempinho e depois tudo será como sempre, assunto esquecido, aumento absorvido e vamos para a praia que o sol apareceu.

Vou cantar uma pedra que, aliás, já cantei: não vai demorar muito até que outros balneários, de olho grande no faturamento de Bombinhas, copiem a ideia.

Quem viver pagará.

Tem preço (2)

Embora pareça, não sou ferrenho adversário do tal pedágio de Bombinhas. Quem acompanha a limpeza das areias das praias nunca deixa de se espantar com a quantidade de lixo que os frequentadores espalham pelo chão, vai de palito de picolé a garrafas quebradas. Tudo o que não fazem em suas casas, fazem nas praias. Custa colocar seu lixo numa sacolinha de plástico, dessas de supermercados mesmo, para depois depositar no local adequado? Se a maioria não faz, então que pague a limpeza de forma antecipada. Na chegada, que é pra garantir.

Nunca foi (1)

O turismo do Vale do Itajaí, que tem muito para mostrar, não depende só da iniciativa pública. Aliás, depende menos. Há uma mentalidade de aldeia por aqui, de vida pacata, turista enche o saco, depreda, suja, atrapalha o trânsito, interfere na rotina dos moradores. Visto por essa perspectiva, não deixa de ser verdade, mas se o turista for visto como cliente, aquele que consome, gera renda, postos de trabalho e impostos, então o custo-benefício pode valer a intromissão. O Vale tem que se decidir, e enquanto não se decide tem que parar de se achar – ou se dizer – destino turístico quando, na prática, nunca foi. Enfatizo o “nunca”.

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Nunca foi (2)

Blumenau, por exemplo, não pode se vangloriar de ser destino turístico. O que caracteriza nossa cidade é que aqui reside a maior população de turistas que o mundo já viu, qualquer folguinha e se manda para a praia, Europa, Miami ou Disneylândia.

Saiu na frente

Foto: Waldemar Hasse, arquivo pessoal

Gente, é caso de preocupação coletiva, iniciativa pessoal e mão na consciência. Donos de terrenos como esse, na praia de Armação, não têm que esperar notificação das autoridades para acabar com a maternidade de mosquitos transmissores de doenças que podem matar crianças e adultos. Este é um exemplo do perigo que nos ronda em todas as cidades, sem exceção. Descaso que, no caso, pode ser mortal.