Dificuldade de acesso que parece piorar a cada ano, pedágio de entrada que complica ainda mais, ameaça permanente de falta de água, de energia elétrica, rios podres desaguando no azul do mar, superlotação e insegurança.

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Gente, temos que admitir, nosso litoral deve ser o mais fascinante do planeta, pois as pessoas sofrem tudo isso, reclamam, praguejam… e voltam!

Pois nosso litoral é mesmo fascinante, e por isso – e também por ciúme das belezas naturais que nos foram dadas de graça – é que criticamos tanto desleixo e agressões, sem falar na propaganda enganosa que atrai milhares para aqui tratá-los mal.

Sem falar na burrice que é construir em cima da faixa de areia, interromper o sol à tarde e depois tentar captar imensos recursos para alargar a faixa de areia. Estragar primeiro, consertar depois, improvisar sempre.

A coisa é histórica, não é de agora.

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Não se desespere

Fala sério, você também anda sentindo falta de alguma coisa, uma sensação de vazio, algo indefinido, não é verdade?

Não se preocupe, é síndrome de abstinência. Acostumaram-nos a um escândalo por semana, uma nova denúncia, uma prisão espetaculosa de figurão, e de repente vem o Natal, Ano-Novo, recesso parlamentar, folga do Judiciário e dá nisso, a gente se sente órfão de novidades.

Mas isso passa. Logo, logo começa tudo de novo.

Ainda bem.

Não dá pra confiar (1)

E aí a Caixa Econômica Federal vende a Mega da Virada prometendo um prêmio de R$ 280 milhões e paga só R$ 246,5 milhões. Coisa feia mentir assim para os apostadores!

Pois é, confiável mesmo só o jogo do bicho, vale o que está escrito. Quer dizer, no tempo em que havia jogo do bicho no Brasil.

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Não dá pra confiar (2)

Pensando bem, depois da energia elétrica baratíssima, dos combustíveis a preço de banana, do trem bala, do “eu não sabia” e “a culpa é da crise internacional”, até que a mentirinha da Caixa é pecado menor. Vai ver foi até erro de cálculo.

Parabólica

Foto: André Schroeder, arquivo pessoal

Na mesma imagem o registro de patrimônio arquitetônico dos primeiros tempos e do símbolo da modernidade e prosperidade. A beleza da construção permanece, a antena está obsoleta, sequer enfeita a cena.

A tecnologia tem pressa.

Terno de Reis

Foto: PMC, divulgação

Você pode não gostar da batida musical, das toadas, mas certamente já viu, ouviu, testemunhou e respeita essa que é das mais resistentes tradições que se conhece. Trazida pelos portugueses, cultua o Natal e lembra a visita dos três reis – Melchior, Baltazar e Gaspar – ao berço do menino Jesus.

Hoje à noite, a partir das 20h, na Praça das Figueiras, acontecerá o 11º Encontro de Terno de Reis. Para quem gosta, imperdível. Para quem admira, também. E para quem não conhece, vale a presença.

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Tudo bem no ano que vem

“O que houve?”, perguntam alguns leitores, “começou o ano de mau humor? É pau pra todo lado!”

Admito, a coluna anda meio ácida. Mas explico: continuo em 2015, ano que ainda não acabou e arrebenta com todo e qualquer bom humor.