Poucas coisas são mais antipáticas e perigosas que ultrapassar pelo acostamento, mas sempre há impacientes temerários que se comportam assim em nossas rodovias.
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Que coisa, não?
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O que pode e o que não pode (1)
Taxistas da cidade de São Paulo terão que se adaptar às novas exigências da prefeitura caso queiram continuar na profissão. Algumas óbvias – barba e cabelo em ordem, evitar odores de suor, não falar palavrões -, outras um tantinho exageradas, embora de bom gosto – traje social ou esporte fino.
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Até aí, tudo bem, mas autoridade que é autoridade, ainda mais com propensão autoritária, tem que estragar a boa intenção determinando os assuntos que o taxista deve que evitar: futebol, política, religião, comportamento pessoal e problemas da categoria.
O nome disso é censura, não é não?
O que pode e o que não pode (2)
Autoridade política que impõe o que pode e o que não pode ser conversado é algo assustador. Políticos adoram ditar regras. Para os outros. Se a gente tivesse voz e eles ouvidos para nós, estabeleceríamos uma que é a mais óbvia de todas: políticos estão proibidos de meter a mão no tesouro público. Mais: não pode roubar nem deixar roubar.
Alguns estão nem aí para uma regrinha simples assim.
Imposto de Renda
Por falar em coisas antipáticas, vem aí a mordida do Leão, sempre dolorida nesse país de desperdícios. Tabela defasada, que na prática é aumento de imposto. Na verdade, é pura sacanagem. Pergunte ao seu contabilista.
Obra padrão
Se for mesmo inaugurada dia 26, como prometido, a nova Penitenciária de Blumenau será uma obra pública como todas deveriam ser: começo, meio e fim sem interrupção, entrega mais ou menos dentro do cronograma. Se for à prova de fugas mesmo – o tempo dirá – a gente terá que citá-la como exemplo: é assim que se faz!
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Troca-troca
Na coluna de ontem, quarta, os créditos das fotos estão invertidos. A dos pneus de Benedito Novo é de Elizabeth Germer, a do lixo em Cabeçudas é de Edson Passold.
Mil perdões.
Desproporcional
O Partido da Mulher Brasileira, que em 29 de setembro do ano passado conseguiu o registro definitivo e adotou o número eleitoral 35, tem uma bancada que já soma 21 deputados.
Só dois são mulheres.
Em dobro
Enquanto se espera (sentado) pela duplicação da nossa BR-470, tão prometida por Lula, mais prometida ainda por Dilma, a ideia de pedágio não é tão ruim assim, se for para melhorar a manutenção e garantir mais segurança. Com um detalhe, porém: extinção da CIDE, que a gente paga em todos os combustíveis, inclusive no gás de cozinha, que não cumpre a função de construir e preservar a estrutura de transportes e nos é cobrada desde 2001. Pagar pedágio e continuar pagando a tal CIDE é pagar duas vezes, e aí é bandalheira.
Drehorgel
Foto: Tamires Kardauke, Divulgação
Inventado na Alemanha, o realejo é o avô dos reprodutores de música. O da foto, que faz sucesso na Festa Pomerana, foi construído por Ivan Blumenschein. Levou um ano, mas valeu: importado custaria uns 10 mil euros.
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As músicas são reproduzidas através de rolos de papéis perfurados, típicos do século19. Consta que é o único fabricado no Brasil.