Valther Ostermann: “O Brasil sempre excede quando o assunto é desperdício”

Em mais de uma ocasião o desperdício de livros didáticos aqui em Santa Catarina foi denunciado pela imprensa. Livros novos sendo descartados por falta de espaço em escolas que nem de longe tinham alunos para tal quantidade. Um desperdício monumental de dinheiro público causado por má gestão do governo.

Mas o Brasil sempre excede quando o assunto é desperdício. No Rio de Janeiro 700 toneladas de remédios e material hospitalar foram incineradas e outras 300 toneladas foram encontradas em depósito público. Inacreditáveis mil toneladas de medicamentos que deveriam aliviar ou salvar vidas dos contribuintes, mas não chegarão aos brasileiros.

E, no entanto, só sonegador flagrado é punido.

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Aqui tem

Foto: Denize T. Schroeder, arquivo pessoal

Como o clima não se comporta, é bem capaz de estar frio hoje. Mesmo assim faço o registro: não é necessário ir ao litoral para refrescar-se do calor intenso e à beira do insuportável que tem nos castigado. O Vale oferece um bocado de refrescos como o da foto. Água geladinha.

Deu no jornal

“Dilma aceita trocar a CPMF por outra proposta, dizem deputados”.

Tá… e o que muda? Seis por meia dúzia não é troca. Conversa mole, essa de “aceita trocar”. No fim acabará no nosso. Como sempre.

Só falta a presidente querer ressuscitar a campanha “Ouro para o bem do Brasil”. Não deu certo daquela vez (1964), apesar do comparecimento do povo que doou até dente de ouro da vovó. Do ouro arrecadado ninguém sabe, ninguém viu. Então, presidente, por favor, não invente. Até porque não vai colar.

Não compensa

Vai ser difícil a prefeitura de Blumenau convencer alguém da iniciativa privada a assumir a reurbanização da Prainha, lá na curva do rio. Bem que tentou, mas a contrapartida não atrai.

Em outras palavras, considerando a dureza da prefeitura e a falta de interesse da iniciativa privada, a Prainha ficará mais um tempo ao deus-dará.

Nem pensar (1)

O senador Dalírio Beber (PSDB-SC) cobrou do ministro dos Transportes agilidade para a duplicação da BR-470. Ele cumpre seu dever de representar os interesses dos catarinenses, mas certamente sabe que a chance de ser atendido é próxima do zero.

Não tem grana. Nem vontade.

Nem pensar (2)

Lideranças dos principais partidos de oposição vão pedir ao presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, agilidade na análise dos recursos apresentados no processo que trata sobre o rito de impeachment da presidente Dilma.

Puro jogo de cena. Lewandowski não tem pressa, a oposição está careca de saber.

Cretinice

Sabe o que é pior que imposto absurdo? A justificativa! A Secretaria do Patrimônio da União diz aos que pagam a famigerada Taxa de Marinha que é “privilégio ocupar um patrimônio que é de todos os brasileiros”.

Ninguém aqui da beira do rio de Blumenau se considera privilegiado. Hipocrisia mandou lembrança.

Intransitável

Foto: Fabiane Rieger, arquivo pessoal

Rua Jacó Brueckheimer, próxima à Vila Germânica, Blumenau.

Claro que não é fácil fiscalizar milhares de calçadas, e mais difícil é botar na cabeça de muitos proprietários urbanos que sua calçada lhe compete.

Se a segunda fosse possível, a primeira seria desnecessária. No entanto…