O Brasil é um país rico com nação pobre. Caso típico de riqueza mal distribuída. Tem pra todo mundo, mas nem todo mundo tem. E o poder adora a imponência e o luxo. Mania de palácios. O presidente trabalha no Palácio do Planalto, mora no Palácio da Alvorada e ao vice é destinado o Palácio do Jaburu. Governadores também têm seus palácios, o Judiciário não fica atrás, o Legislativo não deixa por menos. Todos os outros, no geral, devem pra Caixa.

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Congestionamento

Foto: André Schroeder, arquivo pessoal

Tradicional ponto de decolagem para voos de asa-delta e parapente, domingo tinha fila no Morro Azul, em Timbó.

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Tem razão

A gente reclama um bocado das telefônicas, e com razão. O presidente da Telefônica Vivo, Amos Genish, também reclama, com razão, só que da carga tributária que chega a 44% em telecomunicações:

– É difícil atuar neste mercado com esta taxa altíssima.

Encarecimento

E por falar em telefonia, o presidente da Anatel é taxativo: a era da internet ilimitada está chegando ao fim. Em miúdos, vai nos custar mais caro.

– As empresas, ao longo do tempo, deseducaram os cliente oferecendo serviço ilimitado. Foi má educação – diz o presidente João Rezende.

Pô, além de nos angustiar com mais cobrança, ainda nos chama de mal educados. Somos, mas não precisa dizer na lata!

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Ninguém se importa?

A reforma política é essencial para que todas as outras aconteçam. Nosso sistema é cheio de anomalias, dentre as quais o cidadão eleito para uma função legislativa pode dar uma banana para seus eleitores e assumir uma secretaria ou ministério. Pede voto para legislar e não legisla, faz promessas que não poderá cumprir em outra função. E mais: quando é do interesse partidário, é exonerado, assume a função original para votar e em seguida volta. Considero escandaloso, mas devo ser o único.

Não é?

Incongruências do Brasil: é mais fácil destituir um presidente da República que um presidente da Câmara dos Deputados.

Concordância

Cidadão me para na calçada:

– Você tem razão, quem fala mal da nossa Câmara de Vereadores é porque não tem assistido às sessões da Câmara dos Deputados.

Pois então!

Contou-me um proprietário de lanchonete no Centro de Blumenau que a crise tem feito bem para sua atividade:

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– Veja bem, compro a prazo e vendo à vista. Toda lanchonete em local movimentado é um caça-níquel, pinga dinheiro o tempo todo. E o pessoal que antes comia em bufês agora está lanchando, minha freguesia aumentou. Tenho motivo pra reclamar?

Na torcida

Fiz uma fezinha na Mega Sena que será sorteada hoje, bolão de respeitáveis R$ 90 milhões, por aí. Nada que emocione um corrupto do Petrolão, mas para mim seria a redenção. Torço em dobro: que o resultado coincida com meus números e que não saia para Brasília, danada em abocanhar prêmios acumulados. Ô cidade sortuda!

Cansaço

Foto: Nei Azambuja, arquivo pessoal

O calor desse outono tira as energias de qualquer um. Que o diga esse totó, na Barra Sul, em Balneário Camboriú. Desmaiou.