Valther Ostermann: “Não é hora de distrair-se, o show não acabou”

A festa acabou, a luz apagou… e não se vê luz alguma no fim do túnel. O Brasil anda desgovernado. Há uma luta fratricida pelo poder, afastar a presidente é apenas um ato da carnificina que está longe de acabar. O povo, durante o processo de votação, comportou-se de maneira infinitamente mais civilizada que as senhoras e senhores parlamentares. E agora, José? Quem no mundo político vai desarmar os ânimos, conter os prepotentes, iluminar os equivocados?

Não é hora de distrair-se, o show não acabou. É preciso estar atento e forte, disse o poeta. Democracia exige certo refinamento. A crise continua sendo um problema em busca de solução e de homens que pensem o Brasil. Boa hora para Deus provar que é mesmo brasileiro.

Não é um jogo

Há, em boa parte da população, o sentido de torcida no que diz respeito aos acontecimentos políticos. Não se discute o conteúdo, a preocupação é com o resultado, o perdeu/ganhou. Isso pode ser percebido nas conversas das esquinas, algumas com forte conteúdo emocional. São distrações desaconselhadas, pois cada fato da política reflete-se na vida de cada um de nós, para o bem ou para o mal.

Os vices

Antes de agora tivemos dois vices que assumiram a presidência. Sarney não deixou saudade, Itamar sim. Em seu governo foi bolado o Plano Real, que deu muito certo. De quebra, é tido até hoje como honesto e ético. Temer assumindo será o terceiro, o que está virando sina. As duas primeiras transições foram pacíficas, a atual tem tudo para ser tumultuada. Se houver.

Não é de chorar?

Alguns acham que exagero no pessimismo em relação à política nacional. Então tá, mas olha só a linha de sucessão na presidência da República: sai Dilma, entra Temer. Sai Temer, entra Eduardo Cunha. Sai Eduardo, entra Renan Calheiros. Sai Renan, entra Lewandowski. Lewandowski! E então?

Eu mereço

O pessoal não desperdiça chance de zoar meu Vascão:

– Dilma afastada, assume o vice. Mas será que o Vasco está preparado para comandar o país?

A causa

Há quem diga que o calorão dos últimos dias não é incompetência do outono. O clima esquentou a partir de Brasília.

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Impactados

Foto: André Schroeder, arquivo pessoal

Grupo de motociclistas de Floripa veio conhecer as belezas do Vale no fim da semana. Voltaram encantados, como é natural. Quem não ficaria?

É mais ou menos isso?

Outro dia escrevi sobre algo que era “de chorar em alemão”. Alguns leitores perguntaram o que significava, já que nunca ouviram a expressão. Falha minha, esqueci que a cidade mudou, cresceu, certas coisas caíram em desuso. Respondi a todos com a minha versão: chora-se em alemão quando acontece uma burrada extrema de outrem ou de nós mesmos. Fui claro?

Desconfiado

Foto: André Schroeder, arquivo pessoal

Olha que imagem curiosa. Trata-se de um peixe abocanhando a ração jogada na lagoa e com o olho atento para a câmera do fotógrafo. A água da lagoa tem formato e cor interessantes nesse flagrante.