Com a ampliação do número de brasileiros que passaram a viajar de avião, ampliaram-se também as reclamações sobre a estrutura dos aeroportos nacionais que, com raras exceções, não são aquilo tudo. Mas o que dizer de nossas rodoviárias? Também com raras, raríssimas exceções, são de chorar em alemão. A de Blumenau, que há várias administrações espera um trato, melhor só ir lá se não tiver outro jeito. A promessa é que, não demora muito, receberá um carinho. Mas era para ter começado no começo do ano passado.
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Em tempo: o número de brasileiros que passaram a viajar de avião encolheu significativamente. A crise nos remeteu ao passado. É nossa sina, não há bem que sempre dure.
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Recuperando
Foto: Valther Ostermann, Agência RBS
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O aperto está geral e o que era descartável está virando recuperável. Foi assim que Alcir Muller, o irreverente MacMila, justificou a entrega de seus chinelos, sexta-feira, para o Valdemar Rosa dar um trato. Graxa e polimento no capricho. No Clube do Marreta, o mais tradicional ponto de encontro dos cafezistas da cidade. Alguns estranharam, “é a primeira vez que vejo isso”.
MacMilla rebateu:
– Precisa ver então o par de Conga que usei no tempo em que fui vereador, em 1997. Deixei no sapateiro. Com um pouco de cola e uns remendos de borracha vai ficar como novo.
Raul olímpico
Raul Cardozo, que nasceu correndo e até hoje corre, é um maratonista premiado e reconhecido, além de incentivador do esporte em tempo integral. Nada mais natural, portanto, que tenha sido convidado pelo Comitê Olímpico Brasileiro para ser um dos 12 mil condutores que carregarão a Tocha Olímpica Rio 2016. Vai fazer bonito nos representando.
Sistema contestado
De Itajaí o leitor Belmiro Procópio Filho relata seu desânimo com o sistema eleitoral brasileiro:
– Já fiz campanha na internet, já encaminhei e-mails para todos os deputados federais, tudo em vão. Enquanto permanecer a atual legislação e meu voto, caso não eleja meu candidato, acabe colaborando para eleger alguém em quem não votei – voto partidário – eu continuarei abstendo-me de votar. Elimino o risco de colaborar para eleger um corrupto. Mas, para minha tristeza, sou uma voz clamando no deserto.
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Que susto!
Foi estarrecedor e surpreendente, mas aconteceu: sexta-feira passada os deputados federais trabalharam em Brasília. Ficamos de queixo caído.
Evoluímos?
As manifestações da semana, tanto a dos “nós” quanto a dos “eles”, foram pacíficas, sem quebra-quebra e sem convocação dos Black Blocs.
Ficamos boquiabertos.
Emoções
Outro dia falei da facilidade de comunicação que a internet nos propicia, basta teclar para manter uma conversa remota em tempo real. Ganhamos em praticidade, mas perdemos algumas emoções fantásticas. Cartas de enamorados, por exemplo. A gente caprichava na caligrafia, derramava-se em romantismo, fechava o envelope com goma arábica, andava umas quadras até a agência dos Correios e postava. Duas semanas depois, a resposta. Líamos, relíamos e líamos novamente, pura emoção, até suspiros, lembram-se disso? Aí guardávamos dentro de um livro para mais tarde ler novamente várias vezes.
Tudo bem, passou, não é mais assim, a vida segue. Mas como era bom!
Lusco-fusco
Foto: André Schroeder, arquivo pessoal
Como dizia Millôr Fernandes, “certos crepúsculos, é fácil de ver, estão apenas querendo entrar para a Academia de Belas Artes”.
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