Esse espantalho, no Recanto da Oma, em Rio Lima, no município de Doutor Pedrinho, está ali para a missão óbvia de espantar pássaros e preservar a plantação. Mas é tão fantasmagórico que assusta gente também. Imagine você se deparar com ele, de repente, no lusco-fusco. Vai pensar que é um zumbi!

Continua depois da publicidade

::: Leia outras colunas do Valther Ostermann

É isso aí, delegada

“A certeza da impunidade motiva crimes desta natureza”, disse a delegada Rosi Barbosa Serafim sobre o estupro acontecido em Brusque, quarta-feira, em plena luz do dia e em local movimentado. A frase, tantas vezes repetida pela coluna e pela sociedade inconformada com leis tão condescendentes, revela também o desencanto do trabalho policial, cuja rotina é investigar, deter e aguardar a inevitável soltura de criminosos. Dezenas de vezes. Quem gosta de enxugar gelo?

Minguou

Continua depois da publicidade

Para o combate ao mosquito Aedes Blumenau conta com 32 agentes, o que é insuficiente. Detalhe: 15 deles são sustentados com verba federal, os outros são a expensas do cofre da prefeitura. É que o orçamento federal sofreu um baita corte na verba da Saúde, nada menos que R$ 3,8 bilhões. Aí não tem muita grana nem para aquilo que a presidente garantiu outro dia, em rede nacional, ser prioridade de seu governo. Como a coluna disse recentemente, não se combate o Aedes apenas com palavras. Mas vá falar isso para Dilma!

Estão em vantagem

A gente se dá bem com os argentinos, apesar da rivalidade e da eterna competição para saber quem é mais. Atualmente a bola está com eles.

Pra começar, o Papa é argentino, e isso tem peso. Falando em peso, a moeda deles está dando um banho e eles vêm para cá achando tudo baratinho. Bom para a economia local, ruim para o nosso orgulho. E, ao que parece, votaram certo – coisa rara – na última eleição.

O consolo é que Maradona é argentino.

Privilégio

O Código de Processo Penal concede prisão especial para quem tem diploma de curso superior. Sem dúvida um privilégio legislado por quem tinha diploma de curso superior, porque fere os princípios da isonomia e da dignidade humana. Só vale para prisão provisória, mas deveria valer para todos. Os sem-diploma vão para o cadeião, os diplomados ficam em celas separadas, por mais escabrosos que tenham sido seus crimes.

Continua depois da publicidade

O próprio procurado geral da República, Rodrigo Janot, é contra: “Presos não devem ser divididos pelo grau de instrução, mas sim pelos tipos de crimes cometidos, pelo sexo (homens separados de mulheres) ou idade (mais velhos separados dos mais jovens)”.

Essa é apenas uma das muitas distorções do Código. O que será necessário para que os legisladores reformem a lei que já não cumpre sua função?

Nosso?

Quando os governantes estufavam o peito e diziam “o petróleo é nosso”, acredite, estavam sendo sinceros. Até o estouro do escândalo o petróleo brasileiro foi explorado como se fosse deles mesmo. Se bem que, na verdade, na verdade, nunca foi nosso, do povo. Lembre-se do preço histórico dos combustíveis.

Cultura inútil

Elizabeth Germer, arquivo pessoal

A Mangueira sagrou-se campeã do Carnaval carioca deste ano com enredo homenageando Maria Bethânia, cujo primeiro sucesso foi Carcará, música que certamente os mais antigos se lembram: “Carcará, pega, mata e come. Carcará, mais coragem do que home”. Carcará é um pássaro predador que também existe por aqui. Eis um aí, todo posudo, clicado em Doutor Pedrinho. Pronto, sua vida nunca mais será a mesma.

Continua depois da publicidade