Valther Ostermann: “Até quando vai esta crise?”

Sabe-se lá! (1)

Até quando vai esta crise? A pergunta está na moda e quem pergunta espera uma data breve. Mas como ser otimista vivendo um tempo em que nos pedem sangue, suor e lágrimas enquanto torram – aliás, já vêm torrado – nada menos que R$ 81 milhões em cafezinho para a presidência da República e seus muitos ministérios? Para tanto, há um batalhão de 1,3 mil pessoas entre auxiliares de cozinha, copeiras, garçons e supervisores. É uma grana respeitável, maior que os R$ 51 milhões orçados para o ministério da Igualdade Racional.

Sabe-se lá! (2)

Além dessa gastança de quem nos pede sacrifício – imagine-se o quanto bebericam suas excelências dos outros dois Poderes – ainda temos que aturar análises desse tipo:

– Diminuir o café dos gabinetes não seria uma economia representativa, mas serviria como ato simbólico. Ato simbólico uma pinoia! Dezenas de milhões de reais só é ato simbólico para quem não sabe como são as agruras do andar aqui embaixo. Por essas, entre muitas, não dá para dizer até quando vai esta crise. Mas dá pra dizer que vai longe, pelo menos com a turma que aí está. A turma que nos botou nessa furada.

Alguém se dedicou

Alguém poderá dizer que são apenas flores em floreiras, e nem são naturais, qual o motivo do destaque? É o gesto. Sim, são flores artificiais em floreiras na janela de um prédio na Rua XV de Novembro, não passam de mero detalhe. Mas de detalhes assim se percebe o carinho pela cidade. Alguém providenciou, gastou um tempo, fez o pequeno enfeite para mostrar aos visitantes desta Oktoberfest. Imaginem detalhes assim em todos os prédios…

O direito de defesa

A tal tecnologia de estocar vento para quando não tiver vento, aventada pela presidente Dilma em Nova York, virou piada nas redes sociais e na caixa postal da coluna. É um dos jeitos de ser dos brasileiros, criticar usando o humor. Nem todos, porém. Alguns admiradores da presidente defendem a tese, dizem que é possível e que um dia estocar vento será realidade. Tomara.

Já era

Alguém aí ainda conta, ouve ou acha graça de piada de português ou de gaúcho gay? Nada a ver com a irritante mania do politicamente correto. É que perderam a graça, desgastou, cansou. Além disso, nesse momento estamos sem moral para zoar de quem quer que seja.

Que grande!

A Oktoberfest é gigante, mas há outros gigantismos nas festas de outubro. Cachorro-quente com salsicha de 20 centímetros, o pão é menor, não da conta, sobra salsicha nas pontas. Chope em metro também não é algo que se possa dizer que é pequeno. Em Rio dos Cedros, na localidade de Rio Esperança, uma festa no sábado desafiava acertar o comprimento dessa linguiça, nada menos que 6,35m. Humilhou a salsicha!

Estamos mal

Fala sério, você compraria um carro usado de Dilma Rousseff, Renan Calheiros, Eduardo Cunha ou Ricardo Lewandowski?

Por fora

Ainda há loja anunciando desconto usando o “off”. Coisa mais out!

Mistério

Com o dólar nas alturas os importadores justificam seus preços remarcados com o argumento lógico, um puxa o outro. Mas o dólar tem essa característica interessante, só puxa para cima. Quando o dólar cai, cai sozinho. Os preços permanecem.