Hoje, véspera da noite de Natal e antevéspera do dia de Natal, certamente será também de correria, como sempre. É curiosa a repetição da ansiedade desses dias justo na época de relaxar, pisar no freio, desacelerar. Fim de uma jornada que foi difícil – 2015 foi dureza! -, o que faz as pessoas acelerar ainda mais na vida, nas cidades e nas estradas? Já se sabia, desde o começo do ano que em dezembro seria Natal e logo depois a virado do ano. Parece que também nestes eventos o brasileiro é coerente com seu comportamento característico: deixar para a derradeira hora. Ora, o supermercado espera, a praia não foge. Relaxe, irmão. Descanse, respire fundo, tome uma cerveja com os amigos, abrace sua família, durma mais cedo. Viva, enfim. A vida não tem que ser essa afobação toda. Pelo menos nessa época. Feliz Natal. E um novo ano melhor e mais tranquilo.
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De novo, não!
O novo ministro da fazendo é, tal qual o ministro que saiu, fascinado pela CPMF, que ele chama de “nova CPMF”, mas que é a nossa velha conhecida, aquela que era para ser e não foi a redenção da Saúde no governo FHC.Nas redes sociais o pessoal está despejando indignação, convoca todo mundo para não votar em deputados e senadores que votem por sua volta. O movimento não é exatamente contra a CPMF, um imposto redondinho que funciona sem burocracia, mas contra o que considera a repetição do conto da carochinha. Ninguém confia na eficácia do imposto para a saúde e educação, como insinuado. A desconfiança é que servirá apenas para cobrir rombos do governo, como da outra vez. E não será?
Feito à mão
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Ainda há quem, à moda antiga, envie cartões de Natal e Ano Novo manuscritos, envelopados e despachados pelos Correios. Destaco um entre alguns que recebo e retribuo: o do amigo Walmor Erwin Belz, médico de letra bonita – raro, não? – que nunca esquece a data e o carinho. Grande pessoa, grande alma. Obrigado, Walmor. Obrigado também a todos. Um pouco de carinho sempre cai bem.
Pode ser melhor
De um jeito ou de outro será encontrada uma solução para o transporte coletivo em Blumenau, e tudo aponta para a forma mais dolorida: rescisão de contrato. Seja como for, será também uma oportunidade de rever muitas coisas para fazer melhor. Isenções, por exemplo. Boa parte delas são favores com chapéu alheio. Cada passageiro que não paga onera a tarifa dos que pagam. Novo contrato prevendo auditoria na(s) concessionária(s) também seria salutar. E tarifas técnicas, sem ingerência da política partidária e sem determinações judiciais.
Aprendizado
Na cerimônia de posse do novo ministro da Fazenda a presidente e o próprio ministro citaram a necessidade de dialogar com o Congresso para os necessários ajustes na economia. O problema é a falta de experiência; nunca houve diálogo, só negociações.
Chá de sumiço
Não é por nada, não, como diria Horácio Braun, mas que fim levou a tal Pátria Educadora? Não se fala mais dela.
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