Blumenau, com uma frota de quase 250 mil veículos, está lotada. Não há vagas. Quem dirige automóvel sabe, quem pilota motocicleta sente, quem tem que fazer entregas sofre. Mobilidade perto do zero. As autoridades de trânsito tentam minorar o problema estabelecendo alterações, como está acontecendo atualmente. Sabem, porém, que não é solução, nem será, porque é uma questão física de falta de espaço. Amenizar não é resolver.

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Nas rodas de conversa sempre há quem tenha solução – túneis, elevados, pontes e até metrô, que só para lembrar, é um sistema de transporte ferroviário em grandes cidades, composto por trens que trafegam por vias em geral subterrâneas. Arrotar soluções inviáveis é típico de todos nós; aceitar a realidade, nem tanto.

Se a quase imobilidade do trânsito fosse um fenômeno apenas blumenauense, haveria solução. Um êxodo em busca de mais espaço resolveria. Mas onde há no Vale? Resta, então, a única opção razoável: transporte público de qualidade. Algo ainda não conseguido no Brasil.

Para piorar, Blumenau vive uma crise no setor. E não tem propensão à carona solidária.

Resumo da ópera: não demora muito e será necessário estabelecer o rodízio.

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Imagine o berreiro!

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Na paz do verão

Foto: Valther Ostermann, Agência RBS

O verão pode ser curtido de muitas formas, apesar da crença quase geral de que é sinônimo de praia. Expanda a imaginação, pessoal. O verão pode ser curtido de muitas maneiras, como nesse amanhecer de domingo lendo jornal num banco de rua, ao lado de um canteiro florido. Verão é um estado de espírito, não é não?

Será que será?

Aproveite esse mês de janeiro, curta o verão – não necessariamente no Litoral – e aproveite os que podem ser os últimos dias sem ter que amargar mais um imposto: CPMF.

O governo tem certeza que o Congresso aprovará, tanto que consta no Orçamento Geral da União a arrecadação de ao menos R$ 10,3 bilhões com a recriação do antigo/novo imposto.

Deu no jornal

“Irã deverá voltar a exportar petróleo e preço cairá ainda mais”.

Não se assanhe, porém. No Brasil o preço dos combustíveis não obedece à lógica dos fatos.

Hermanos?

Eu implico com os colegas que não conseguem referir-se aos argentinos sem chamá-los de hermanos. É muito gosto por clichê. Além do mais, por que hermanos? Somos diferentes em quase tudo, a não ser na propensão de votar errado e insistir no erro. Eles são mais cultos, infinitamente mais arrogantes – acreditam sinceramente que Maradona foi melhor que Pelé – e cultivam seus ídolos de maneira exagerada: dizem que Gardel, francês de nascimento e argentino por adoção, falecido em 1935, “está cantando melhor que nunca”. Nós, aqui, só temos heróis estrangeiros, e quando aparece alguém extraordinário – um cantor, por exemplo – logo dizemos que é o “Sinatra brasileiro” ou algo assim. Eles têm complexo de superioridade, nós temos a cultura de coitadinhos e por aí vai. Uma coisa é certa, porém: os argentinos que conheço são, sem exceção, pessoas admiráveis. Não somos irmãos, somos amigos.

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Tecnologia

Foto: André Schroeder, arquivo pessoal

Colheita de arroz na região de Tiroleses, em Timbó. E dizer que há poucas décadas – eu me lembro – era praticamente feito à mão, de maneira demorada e penosa. Benditas máquinas, que transformaram nossos colonos em produtores agrícolas.