NA BUSCA DE UM FUTURO MELHOR
Luiz Antônio Agostini
Bancário aposentado, morador de Lages e de Itapema
Estudar no Mater Salvatóris era um privilégio de poucos. As vagas eram restritas e a dificuldade era muita para se conseguir. Alunos com destaque eram indicados para o Colégio Marista, em Caçador, muito conceituado na época. A disciplina e o conhecimento eram exigência obrigatória para essa oportunidade.
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O grupo era uma mescla de filhos de agricultores da região e filhos de famílias tradicionais de Tangará na época, destacando-se as famílias Pisani, Andreazza, Menezes, Fuganti, Casagrande e outras. Registros históricos mostram que em 1942 as irmãs compraram o terreno, a casa para a instalação o colégio e o jardim de infância. Elas ministravam as aulas de religião, música e canto.
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Outra atividade era a preparação dos alunos para peças teatrais a serem apresentadas para a comunidade com o objetivo de arrecadar fundos para a construção de uma nova sede. O povo apreciava o trabalho e prestigiava, e com muita economia e ajuda dos moradores conseguiram erguer um prédio de alvenaria, hoje de propriedade do município para fins administrativos.
Da esquerda para a direita, eu sou o primeiro, ao lado da irmã, e ao meu lado Flávio Andreazza, hoje diretor da empresa Andreazza Madeiras. Destaque também para Oscar Terebinto, penúltimo na fila dos meninos, hoje juiz de Direito aposentado. Cada um a sua maneira atingiu seu objetivo, e estão espalhados por este Brasil afora.
Poderíamos nominar outros, mas o melhor é cada um identificar-se pessoalmente, ou seus familiares que venham a ler essa história. Infelizmente, alguns já nos deixaram, porém jamais sairão de nossas lembranças de um tempo muito difícil, mas de grandes desafios e duradouras amizades.
Recordar é viver. Nossa mente nos leva para os mais distantes lugares do mundo, porém, nada como voltar ao passado e ver que valeu a pena batalhar para alcançar aquilo que você planejou para a sua vida, apesar dos muitos obstáculos da época.
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Para participar
O espaço O passado valeu a pena é publicado todos os domingos, com a colaboração de leitores. Para participar, basta enviar uma foto antiga que marcou a sua vida e contar em até 20 linhas sobre as lembranças que aquela imagem lhe traz. O telefone para o contato é o (48) 3216-3943 e o e-mail é o diariodoleitor@diario.com.br. As colaborações podem ser enviadas também por carta, para o endereço SC-401, nº 4.190, torre A, Bairro Saco Grande, Florianópolis. O CEP é o 88032-005. A participação é gratuita.