O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reafirmou hoje o discurso que vem sendo propagado no governo, de que a Vale precisa estar em linha com os interesses nacionais.
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– Ela precisa contribuir mais fortemente com os interesses do país – disse.
O ministro usou como exemplo a necessidade de agregar valor ao minério de ferro antes de exportá-lo.
– A produção de aço no país é conveniente, é necessária ao povo brasileiro e à sociedade – afirmou, em cerimônia de assinatura de um convênio com a Companhia Energética de Brasília (CEB), para promoção de eficiência nos prédios do Ministério de Minas e Energia e Turismo..
O ministro minimizou a saída de Roger Agnelli do comando da mineradora.
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– A saída dele não deve ser considerada um episódio anormal – disse.
Questionado se a saída do executivo facilitará a estratégia almejada pelo governo de que a mineradora invista mais em siderurgia, Lobão disse acreditar que o próprio Agnelli “se esforçou nesse sentido”.
Lobão lembrou ainda que o executivo estava há quase dez anos no comando da empresa.
Belo Monte
Lobão disse ainda que a Vale é a empresa mais cotada para substituir o grupo Bertin no consórcio responsável pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará.
– A Vale está avançada e poderá ser ela – disse.
Segundo Lobão, a decisão, no entanto, ainda não foi fechada e há outras empresas interessadas e que estão negociando para entrar na sociedade. O ministro citou o exemplo da Alcoa, da Votorantim e das empresas do grupo EBX, do empresário Eike Batista.