Apesar de ser menor do que Paraná e Rio Grande do Sul – tanto em número de habitantes quanto em território -, Santa Catarina já concentra 88% dos casos confirmados de gripe A na região Sul do país. Até terça-feira, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do Estado havia contabilizado 262 pessoas contaminadas pelo vírus H1N1 e 18 mortos.
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O Vale do Itajaí é a região que concentra o maior número de casos em Santa Catarina: em 52 municípios, 130 pessoas contraíram a gripe A, o equivalente a 43% de todos os registros no Sul do Brasil. O Vale também registrou, até terça, 10 mortes. As últimas confirmadas foram de uma mulher de 43 anos, em Pomerode, e de outra mulher, moradora de Navegantes, que estava internada no Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. Ela não teve a idade divulgada.
No Paraná e no Rio Grande do Sul, a contaminação por H1N1 está mais controlada – pelo menos segundo os dados oficiais divulgados pelas assessorias dos governos estaduais. Até terça, 36 casos de gripe A e uma morte haviam sido confirmados no Paraná. No Rio Grande do Sul, o balanço divulgado contabiliza apenas três casos de gripe A e nenhuma morte.
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Para o diretor da Dive de Santa Catarina, Fábio Gaudenzi de Faria, o alto número de contaminações registradas no Estado e no Vale do Itajaí, em comparação com os estados vizinhos, pode ser resultado de uma rede pública que acompanha melhor e notifica com mais exatidão os casos. Além disso, há uma hipótese, não comprovada, de que o aumento de ocorrências neste ano pode ser decorrente da queda da proteção da vacinação para o vírus H1N1 feita em 2010, após a pandemia vivenciada em 2009.
– Um mau exemplo de atendimento passa a falsa impressão de segurança nas cidades. Talvez não esteja sendo feito um bom acompanhamento nos outros estados. Blumenau está atendendo aos casos de gripe sazonal e gripe A, notificando e medicando todos os pacientes, e isso me deixa tranquilo – avalia Faria.
Para o diretor da Dive, os dados atuais no Estado não são preocupantes, já que a média anual de mortes em Santa Catarina por doenças respiratórias graves – causadas, por exemplo, pela gripe comum – é de 3,6 mil óbitos, o equivalente a 10 por dia, em média. Ele acredita que, caso o vírus H1N1 estivesse fora do padrão normal, o número de óbitos seria muito mais elevado:
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– A gripe A assusta e chama a atenção, pois ela atinge adultos jovens, que não são o foco da gripe comum. No entanto, o H1N1 mata menos que a gripe comum. Temos centenas de outros vírus respiratórios.
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