Nesta semana, a última enchente que o Vale do Itajaí enfrentou completa seis meses. Desde então, os municípios enfrentam a burocracia para recuperar a infraestrutura. E a preocupação em alertar com antecedência os desastres fez projetos importantes avançarem.
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Em seis meses, o Estado está capacitando as Defesas Civil regionais, os municípios menores estão mais atentos aos riscos e novos sistemas de alertas estão previstos ao longo da Bacia do Rio Itajaí.
Coordenador do Centro de Operação do Sistema de Alerta (Ceops), da Furb, o engenheiro hidrólogo Ademar Cordero garante que, em 30 anos dedicados aos serviços de alerta, nunca presenciou um momento em que tantos investimentos simultâneos foram feitos após a ocorrência de um desastre.
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– Devido à sequência de desastres que aconteceram no país e no Estado nos últimos anos, os governos estão mais atentos e perceberam a importância de investir na prevenção. Não vi isso nem mesmo após as grandes cheias da década de 1980 -explica.
Embora ainda não sejam uma realidade, nos últimos seis meses houve avanços em projetos preventivos pelo Vale. No mês passado, o governo do Estado lançou licitação para desenvolver os planos de engenharia de três obras que compõem a primeira etapa do Projeto Jica.
Entre elas estão a ampliação da capacidade das barragens de Taió e Ituporanga, a construção de comportas no Rio Itajaí-Mirim e a aquisição de radar meteorológico para prever chuvas com até três horas de antecedência.
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Mas o prazo de conclusão da primeira etapa, que abrange outras quatro obras preventivas, deve ser concluído apenas em 2016.
Nos seis meses desde a enchente, Rio do Sul mapeou as áreas de risco, Blumenau refaz o estudo para atualizar as cotas de enchente, que já baixaram de 8 para 7 metros, e também abriu licitação para prosseguir com as obras de recuperação da margem esquerda do Itajaí-Açu.
Confira a reportagem completa, em três páginas, na edição desta sexta-feira do Santa