Nesta quarta-feira, às 21h50min, no Pacaembu, Corinthians e Inter começam a decidir a 21ª edição da Copa do Brasil. E será apenas a segunda vez na história do futebol brasileiro, que as duas equipes se enfrentam em uma final nacional.

Continua depois da publicidade

A primeira vez aconteceu em 1976. No Campeonato Brasileiro daquele ano, o Inter de Falcão, Figueroa e Dadá Maravilha venceu por 2 a 0, no Beira-Rio, sagrando-se bicampeão brasileiro.

O atacante Valdomiro, que marcou o segundo gol da decisão, espera que o Inter amanhã não se intimide com o Pacaembu lotado. Naquele ano, inclusive, os colorados haviam perdido para o Corinthians na fase final, 2 a 1, no Morumbi com mais de 113 mil torcedores.

– É preciso ir para a frente, sem medo e não esperar o Corinthians, pois gol fora de casa vale por dois. O Inter pode até perder, mas precisa fazer gol no Pacaembu – analisa.

Para ele, assim como Falcão e Dadá Maravilha fizeram a diferença em 76, Nilmar (que não jogará nesta quarta, pois está com a Seleção Brasileira) e Ronaldo serão os nomes que podem garantir o título. Valdomiro, na época comandado por Rubens Minelli, assegura que tática não entrará em campo.

Continua depois da publicidade

– Muitos treinadores armam esquemas mirabolantes. Mas em campo quem resolve são os atletas independentemente do esquema usado. O jogador é que sabe a hora de cada jogada, de vibrar, de atacar e defender. Quando eles entram em campo, esquecem tudo que o treinador disse – diz.

Do lado alvinegro, o lateral-direito Zé Maria vê um Corinthians mais forte do que em 76 e, principalmente, da equipe que perdeu no ano passado a final da Copa do Brasil para o Sport, na Ilha do Retiro.

– A condição de agora é muito mais favorável. Em 76 foi apenas um jogo no Beira-Rio. O Corinthians pode fazer o resultado no Pacaembu e segurar depois – afirma.

Para Zé Maria, Ronaldo é o ponto de equilíbrio do Timão. E ele lembra que foi no Parque em um dia de folga dos jogadores e o craque estava treinando na caixa de areia.

Continua depois da publicidade

– Ele quer ser o Ronaldo que sempre foi. Acredito que, nesta final, ele será. E até com 200 quilos Ronaldo pode decidir – diz Zé.