Como secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke passou os últimos anos na frente de batalha para tratar dos problemas registrados nos preparativos da Copa do Mundo 2014, o que o transformou no elemento considerado “mau” da organização do evento.
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– Fiquei sabendo que havia aparecido na imprensa brasileira não sei quantas vezes, mas muitas vezes a mais que as autoridades brasileiras. Mas 63% do que disse foi negativo… Então sou uma pessoa muito negativa! – disse Valcke, em um encontro com jornalistas de vários meios de comunicação.
O número dois da Fifa lamentou que cada crítica tenha virado manchete na imprensa e terminado contra ele, o que o transformou na pessoa “má”, sem que ninguém parasse para pensar se ele tinha razão ou não.
Valcke acredita que é preciso repensar o papel que o secretário-geral deve desempenhar no dia a dia da organização da Copa do Mundo, assim como estabelecer uma interação diferente com o comitê organizador, para não ser obrigado a comparecer ao local a cada dois meses.
– Não posso mais ser a pessoa que critica sempre a organização do país, o único, porque não há ninguém mais que diga o que não funciona”, completou o francês.
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“Tenho a necessidade de estar nesta posição na qual se entra em conflito com as estruturas do país sistematicamente? Isto não é muito agradável – completou Valcke.
*AFP