Os dois recém-condenados pelo assassinato da jovem Tauana Letícia Fachini, de 17 anos, deixaram a prisão em Blumenau na noite desta quinta-feira (21). A informação foi confirmada pelo advogado da dupla, Rodolfo Warmeling. Ele conseguiu no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) o direito de os clientes aguardarem em liberdade o trânsito em julgado — quando não há mais possibilidade de recorrer.
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O crime ocorreu há pouco mais de 10 anos, no bairro Salto do Norte. Na época, o namorado da vítima e o amigo dele tiveram a prisão preventiva decretada pelo Poder Judiciário, mas logo depois conseguiram autorização para responder ao processo fora da cadeia. Na semana passada, eles foram julgados, condenados e a juíza determinou que começassem a cumprir a pena imediatamente.
Eles deixaram o Fórum direto para a prisão. Porém, exatamente uma semana depois, outra decisão judicial os libertou. O ministro Sebastião Reis Júnior acatou o pedido de soltura: “defiro a liminar para suspender os efeitos da decisão que determinou a prisão preventiva, permitindo, assim, que aguarde em liberdade o julgamento, caso se apresente motivo novo e concreto”, escreveu.
Com os clientes soltos, o advogado disse que a partir de agora vai tentar anular o resultado do julgamento com um recurso no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. O namorado de Tauana recebeu pena de 20 anos por arquitetar o crime e o amigo dele foi sentenciado a 17 anos por executar a jovem. A motivação seria uma suspeita de traição. Os dois negam o crime.
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Relembre o crime
Tauana Letícia Fachini foi morta na Rua Professor Max Humpl, no bairro Salto do Norte, em dezembro de 2013. Os bombeiros encontraram a jovem em parada cardiorrespiratória, com perfurações de tiro no tórax e na axila. Apesar do atendimento, ela morreu no local. O namorado foi ferido na perna, sem gravidade. Naquela madrugada a Polícia Militar chegou a fazer rondas na região, mas ninguém foi preso.
Ao saber do júri dos responsáveis pela morte da filha, Fátima Regina desabafou na rede social: “Hoje sou uma pessoa pela metade, arrancaram uma parte de mim. Nesses anos todos em que eu visito o túmulo da minha filha, eles vivem normalmente como se nada tivesse acontecido. Que a pena destes criminosos tenha o peso da covardia que fizeram contra a minha filha”.
A jovem tinha um filho de dois anos.
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