Na tarde desta quinta-feira (31), o governador de São Paulo, João Doria, confirmou que será o candidato do PSDB à Presidência da República. Isso horas depois de ter desistido de concorrer, em uma espécie de contra-ataque a uma ala da sigla que trabalhava para que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, fosse o candidato do partido.

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Esse vaivém repercutiu nos bastidores políticos e mobilizou tucanos de todos os Estados. Em Santa Catarina, o presidente estadual do PSDB, Rogério Pacheco, analisa essa exposição como prejudicial.

— Essa situação acaba colocando o partido mais uma vez num cenário de enfrentamento interno. E embora você fique na mídia, a exposição pode causar algum prejuízo nesse processo — afirmou.

Pacheco espera que finalizada essa discussão de quem será o candidato, o PSDB consiga “seguir adiante com o projeto para o Brasil”.

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Prévias

A disputa interna no partido ficou evidenciada já nas prévias, realizadas em novembro de 2021. Após problemas para registrar os votos, o PSDB consagrou João Doria como vitorioso. Mas o processo não foi suficiente para alavancar a candidatura do governador de São Paulo, havendo mobilizações para que Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, assumisse a posição.

— O momento das prévias já criou alguns desconfortos em relação a forma como aconteceu. Deveriam ter sido preparadas mais para frente — entende Pacheco.

Essa disputa interna do PSDB ficou também evidenciada quando Leite começou a negociar sua filiação no PSD para disputar a Presidência, o que acabou não se concretizando. O presidente estadual da sigla diz que houve um movimento para que Leite permanecesse no partido:

— Fizemos um documento pedindo para que Eduardo não saísse do PSDB, porque é uma liderança importante.

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