As medidas anunciadas nesta terça-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, não resolvem o problema da competitividade brasileira, avaliou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

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– São medidas positivas? São. Não me decepcionam, mas também não me impressionam – criticou Skaf, que compareceu à cerimônia no Palácio do Planalto.

– Considerando a realidade do custo que temos hoje no Brasil pra produzir, que é mais caro que o americano, italiano, europeu, daqui a uns meses vamos precisar estar aqui (no Palácio do Planalto) de novo. Entendo que é um paliativo, não tá mexendo na ferida – criticou.

Skaf citou ainda a questão cambial, os juros e os custos de logística como questões que precisam ser encaradas com maior firmeza pelo governo brasileiro.

– Não é uma coisa definitiva, não fez aquela baita reforma que resolve o problema.

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Questionado se as medidas ajudariam na “saúde” da indústria, Skaf respondeu:

– Vai diminuir a febre. Está com 40ºC, vai para 38,5ºC, 38,9ºC.

– O Brasil está sem competitividade, por questão cambial, de juros, logística. (O pacote) ê positivo, mas não resolve o problema da competitividade brasileira. Pega a empresa mais moderna do mundo, traz ela pra cá, ela perde a competitividade – disse Skaf.