A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está estudando uma proposta para oferecer vagas ociosas no Ensino Superior sem a necessidade de aprovação em vestibular. Mas, isso não significa que a prova de acesso à graduação deixará de existir e nem que todas as pessoas poderão concorrer a essa nova modalidade.
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O projeto ainda está em fase inicial de planejamento e busca preencher vagas de transferência, que hoje somam 5,3 mil oportunidades. Para o reitor Irineu de Souza, é uma forma de explorar todo o potencial da univerisidade e se aliar ao poder público catarinense.
Segundo ele, a reitoria irá ouvir as necessidades do governo do Estado e prefeituras para promover formação aos servidores. A ideia é que a UFSC possa firmar parcerias com o setor público, fomentando a profissionalização e indicando que a universidade segue proporcionando ensino, pesquisa e extensão sem perder o número de alunos, justificando o seu orçamento.
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A notícia foi publicada com exclusividade pelo colunista Renato Igor nesta terça-feira (30) após conversas com o reitor da universidade. Entenda o que se sabe da proposta até agora.
Que vagas são essas?
As vagas que podem ser disponibilizadas sem vestibular são oportunidades na modalidade de transferência para cursos de graduação que ficaram ociosas e não foram preenchidas por outros métodos de ingresso. Isso significa que nenhum candidato ao vestibular, estudante da UFSC ou outra instituição de ensino será prejudicado por conta do projeto.
O último edital de transferências e retornos da univerisade disponibilizou 5.330 vagas nos cinco campi da UFSC. Em 2019, na época pré-pandemia, eram 3.659 vagas ofertadas.
De acordo com a Agência de Comunicação da UFSC (Agecom), os cursos de graduação são consultados antes da abertura do edital e informam se tiveram desistências ou não preencheram todas as vagas do semestre. Alguns cursos podem ter mais oportunidades que outros.
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Segundo o reitor Irineu de Souza, o número de vagas para transferência aumentou, pois muitos estudantes foram impactados pela pandemia da Covid-19 e tiveram que deixar a formação superior em segundo plano. Grande parte dos alunos precisou contribuir economicamente para a subsistência das famílias, e essa realidade impactou as universidades brasileiras.
Plano de parceria com poder público?
De acordo com o reitor da UFSC, a universidade ainda estuda a possibilidade de parceria com outras esferas do poder público. Isso significa que ainda não há nada formalizado e que o processo está em fase de avaliação.
O governo de Santa Catarina e prefeituras vão ser ouvidos para que um plano possa ser construído em conjunto, seguindo as necessidades de capacitação, formação e profissionalização dos servidores. Porém, a ideia é que o acesso dessas pessoas ao ensino da UFSC não necessite de aprovação no vestibular.
Quem poderá se candidatar?
Como as conversas entre a universidade e outros órgãos do poder público ainda estão no começo, não há uma definição sobre quem poderá se candidatar caso o projeto avance.
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Também não há informações sobre uma ourta forma de processo seletivo ou avaliação de candidatos para a nova modalidade.
O vestibular da UFSC está mantido?
Sim, o projeto não interfere nas vagas oferecidas para ampla concorrência e políticas de ações afirmativas pelo exame vestibular.
A UFSC e o IFSC devem publicar o edital do Vestibular Unificado 2023 no dia 5 de setembro, com inscrições abertas a partir do dia 12.
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