Este ano de 2013 é aguardado para quem irá prestar concursos públicos no país. A expectativa é de que ao menos cinco instituições de Santa Catarina abram vagas de nível médio e técnico, entre elas o Tribunal de Contas Estadual e a Assembleia Legislativa. Já no país, os concurseiros esperam a oportunidade de conseguir uma vaga em instituições como Banco Central e Polícia Rodoviária Federal – com salários que costumam chegar a R$ 13 mil por mês.

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O consultor em Educação Israel Linhares, que prepara cursos para escolas de Florianópolis, acredita que cerca de 50 mil vagas devem ser abertas esse ano, a nível nacional. Para ele, o número é alto e tem relação com um déficit de cargos públicos divulgado no ano passado pelo governo federal, que estimava a necessidade de mais de 180 mil vagas o setor público.

– Ano não-eleitoral é sempre bom para concursos públicos, porque não há a suspensão de editais prevista por lei – avalia.

Entre os cursos mais procurados, estão os da carreira jurídica. Cyntia Steinmetz, coordenadora pedagógica da LFG de Florianópolis e São José, conta que as aulas específicas da área têm duração anual, de segunda à sábado. Para conseguir uma vaga no serviço público, os estudantes, já formados em Direito, estão dispostos a morar longe da família.

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– O aluno não se importa com o local para onde vai, mas se terá uma estabilidade profissional e, no futuro, uma aposentadoria melhor.

Apesar da tão sonhada estabilidade, especialistas são unânimes em afirmar que a escolha do concurso público não deve ser feita ao acaso. A coordenadora do curso Só Exatas, Isabel Cristina Menezes Peres, defende que é preciso identificar a área de atuação e em qual órgão público o estudante deseja fazer carreira, até mesmo para direcionar os estudos.

– Temos alunos que estudam com antecedência, a forma mais adequada de preparo. A dica é que não se pode parar de estudar, porque o concurseiro que mantém ritmo regular de dedicação tem vantagem sobre os demais candidatos.

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De ritmo regular, Joel Antônio Pereira Muniz, 52 anos, entende. Há um ano e meio frequentando aulas preparatórias, o analista de sistemas tem o desafio de conciliá-las com o trabalho. Ainda que viaje com a família para a praia nos finais de semana, as apostilas e a série de exercícios o acompanham.

Sua expectativa é de que, neste ano, consiga uma vaga na Defensoria Pública do Estado – quarto concurso público que tentará desde que começou a maratona de estudos.

– Vou conseguir. No último concurso, já bati na trave, e isso me deu um impulso para tentar de novo.

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Como se preparar

– Definir a área de atuação e o órgão público em que se pretende ingressar. Escolha ajuda a direcionar os estudos.

– Estudar com antecedência para a prova. Ritmo regular de estudos dá vantagem em relação aos seus candidatos.

– As horas de estudo diárias variam conforme a facilidade do aluno em absorver o conteúdo, mas é recomendado parar a cada 45 minutos para descanso.

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– Nunca confiar apenas em materiais prontos, porque podem estar desatualizados.

– Estar atento ao noticiário, porque fatos relevantes do país e do mundo caem nas provas, ainda que não tenham relação com as disciplinas estudadas.

– Se a pessoa trabalha e estuda à noite, utilizar o tempo livre durante o dia (almoço ou pausa para café, por exemplo) para organizar a revisão dos conteúdos, que deve ser feita no final de semana. Importante é não se sobrecarregar ainda mais durante a semana.

– Dar prioridade às disciplinas gerais, que caem em todo concurso público _ especialmente Língua Portuguesa, que tem peso grande nas provas.

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– Cuidado com simulados e materiais de internet. Concurseiro deve verificar se a fonte se é confiável e atualizada (especialmente quando se trata de leis, que mudam regularmente).

– Quando se está confiante com as disciplinas gerais, aluno pode se dedicar mais aos exercícios (de concursos anteriores).