Nos últimos dois anos, a ciência correu uma maratona incansável para desenvolver um imunizante capaz de acabar com a pandemia causada pelo coronavírus. Aliás, não é segredo para ninguém que as vacinas são uma grande aliada na prevenção e no combate de diversas doenças. A OMS (Organização Mundial da Saúde), estima que são evitadas de 2 a 3 milhões de mortes todos os anos por conta da vacinação em massa.

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O termo “vacina” surgiu pela primeira vez em 1798, quando o médico e cientista inglês Edward Jenner ouviu relatos de que os moradores da zona rural não eram contaminados com varíola, uma vez que já haviam tido contato com a variolae vaccinae, nome científico da varíola bovina. No estudo, Jenner aplicou uma pequena dose de vírus em James Phipps, de oito anos. O garoto ficou doente, mas manifestou uma forma branda da doença. Após recuperado, James recebeu outra dose, dessa vez com o vírus da doença humana em sua forma mais fatal. Surpreendentemente, a criança não desenvolveu a varíola. Ela estava completamente imunizada. No Brasil, a vacina chegou em 1804, também para combater a varíola. A doença, que matou 300 milhões de pessoas no século 20, foi erradicada em 1980 graças à imunização.

Entenda como as vacinas funcionam

As vacinas são agentes biológicos aplicados ao organismo com a missão de estimular o sistema imunológico, desenvolvendo imunidade contra determinada infecção.

Vacina atenuada: Contém agentes infecciosos vivos e enfraquecidos, sem capacidade de produzir a doença, mas capaz de imunizar contra ela. (Caxumba, febre amarela, rubéola, sarampo, catapora (varicela), rotavírus e varíola.)

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Vacina inativada: Produzida com agentes infecciosos mortos, que enganam o sistema imunológico para produzir anticorpos. (Gripe, hepatite A, poliomielite e raiva.)

Vacina conjugada: Vacinas inativadas compostas por um antígeno imunologicamente menos potente, conjugada a um derivado proteico. (Hepatite B, HPV (papilomavírus humano), doença pneumocócica, herpes zoster, coqueluche e doença por Haemophilus influenzae tipo B.)

Vacina de RNA mensageiro: Carregam o código genético do vírus, que garante que as células do corpo produzam as proteínas necessárias para estimular a resposta imunológica do corpo. (Tecnologia usada nas vacinas contra a Covid-19, como a Pfizer.)

Vacinas são seguras e precisam ser levadas a sério

Independente da tecnologia usada, é importante ressaltar que todas as vacinas são seguras. Embora haja casos raros de reações brandas, como febre e dor no local de aplicação, os imunizantes são comprovadamente seguros e eficazes, com comprovação feita por meio de rigorosos protocolos científicos. No Brasil, quem cuida da regulamentação das vacinas é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Ministério da Saúde, que só dão o aval para a comercialização após aprovação em diversas etapas.

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População brasileira tem acesso à imunização gratuita

Além de proteger a população como um todo, as vacinas podem ser encontradas gratuitamente pelo SUS – Sistema Único de Saúde.

Hoje, o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) conta com 48 imunobiológicos, entre vacinas, imunoglobulinas e soros, oferecidos para crianças, adolescentes, adultos e idosos. Basta procurar a Unidade Básica de Saúde da região de residência e realizar a imunização.

Confira alguns dos imunizantes disponíveis na rede pública:

BCG – Previne formas graves de tuberculose.

Hepatite B – Imuniza contra a hepatite B.

Pentavalente (DTP+ Hib+Hepatite B) – Protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae B e hepatite B.

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Poliomielite 1,2,3 – Combate a poliomielite.

DTP – Protege contra a difteria, tétano e a coqueluche

Pneumocócica 10 valente (Pncc 10) – Protege contra pneumonia, meningite, otite e sinusite.

Meningocócica C e ACWY – Combate meningites e doenças meningocócicas.

Hepatite A – Previne a hepatite A.

Tríplice viral – Imuniza contra sarampo, caxumba e rubéola.

Tetra viral – Protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela.

Varicela – Imuniza contra catapora.

Influenza – Para combater diferentes tipos de gripe.

HPV – Evita a infecção causada pelo papilomavírus humano.

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