A Secretaria Municipal de Saúde de Chapecó, no Oeste catarinense, divulgou um comunicado sobre o desabastecimento das vacinas contra a varicela e a Covid-19 — destinada para crianças —, na última terça-feira (10). De acordo com a pasta, o Ministério da Saúde não tem enviado as doses ao município.

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A secretaria relata, ainda, que também houve redução no envio de vacinas contra Covid-19 (adulto), febre amarela, meningo C, hepatite A e tetravalente. Mas, no caso dessas, o trabalho de remanejamento de doses entre as Unidades de Saúde do município tem ajudado a manter a oferta à população.

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Em nota, a prefeitura de Chapecó destacou que está cobrando os órgãos responsáveis pelo envio desses imunizantes, para que haja a normalização da oferta.

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Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES) informou, através da assessoria de imprensa, que a compra e distribuição das vacinas são de responsabilidade do Ministério da Saúde.

Em nota a pasta disse também que:

“Atualmente, as vacinas da varicela e da covid-19 pediátrica estão em falta na Rede de Frios Estadual, onde são armazenadas, por falta de fornecimento do MS. Aos municípios, a orientação é usar a vacina tetra viral para substituir a falta da varicela monovalente. Até o momento, não fomos notificados oficialmente pelos municípios sobre o final dos estoques”, informou a pasta.

O Ministério da Saúde também foi procurado. De acordo com a pasta, eles já distribuíram mais de 7 milhões de doses da vacina contra Covid-19 aos estados e que ela ocorre semanalmente.

Já em relação à vacina contra a varicela, o Ministério da Saúde não está recebendo as doses de forma regular do laboratório produtor. Para manter o abastecimento estão sendo necessário aquisições emergenciais com outros fornecedores nacionais e internacionais.

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Confira a nota enviada sobre as vacinas do Ministério da Saúde

“O Ministério da Saúde já distribuiu mais de 7 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 XBB aos estados. Devido às condições operacionais das vacinas, a distribuição ocorre semanalmente, conforme a capacidade de recebimento e armazenamento através da rede de frio dos estados. As doses foram entregues pelo laboratório em duas apresentações: seringas já preenchidas (para maiores de 12 anos) e frascos com várias doses, que são as mesmas para crianças e adultos — o que difere é a dosagem. Durante o processo de vacinação, lotes de vacina se aproximaram da validade, e o Ministério solicitou a troca por lotes novos. Atualmente, a pasta está finalizando o pregão para a aquisição de mais doses da vacina atualizada XBB.

Em relação à vacina contra a varicela, o Ministério da Saúde não está recebendo as doses de forma regular do laboratório produtor. Diante deste cenário, a pasta está fazendo aquisições emergenciais com outros fornecedores nacionais e internacionais para manter o abastecimento.

Quanto às vacinas da hepatite A e febre amarela, por problemas de controle de qualidade, houve atraso no cumprimento do cronograma de entregas por parte do laboratório. No entanto, as entregas de vacinas contra a hepatite já foram retomadas. No caso da vacina contra a febre amarela, o fornecedor adquiriu doses emergencialmente, via compra internacional, que estão sendo entregues à pasta. A previsão de normalização do estoque é até dezembro de 2024, segundo a Fiocruz.

Sobre a oferta da vacina contra a meningite C, nas regiões que registrarem falta, a orientação é para substituição pela vacina contra a meningite ACWY, de mesma eficácia, cujos estoques estão regularizados, mantendo a população protegida. Por fim, o Ministério da Saúde informa que o estoque de tetraviral está abastecido e todas as solicitações realizadas pelos estados estão sendo atendidas, considerando também a capacidade de armazenamento disponível das redes de frio”.

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