O presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Santa Catarina (Cosems) e secretário de saúde de Tubarão, Daisson Trevisol, é contra a vacinação em massa contra a Covid em algumas cidades, anunciada pelo governador Carlos Moisés na última semana. Segundo ele, “não teria justificativa para ela acontecer” se não for relacionada à pesquisa.
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Trevisol, que também atua como pesquisador, explica que a iniciativa precisa ter alguma relação com levantamentos científicos que avaliam o impacto da imunização na população. E que é preciso levar em conta que ela não repercute totalmente no coletivo, segundo ele.
— A vacinação em massa só teria sentido se for por algum motivo relacionado à pesquisa. Mesmo assim você tem que pensar que ela não vai repercutir no coletivo. Nós precisamos ter 70% da população geral vacinada, se não, não adianta nada — salienta.
O secretário diz que a questão ainda não foi levada pelo governo estadual para ser discutida junto aos membros do Cosems, por isso, não há mais detalhes de como ela deve ocorrer.
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— Se for como pesquisa, eu sou a favor, mas se não for com esse viés, eu sou contra — alega Trevisol.
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Cidades ainda não foram definidas
A Secretaria de Estado da Saúde informou que ainda não há novas informações de como deve ocorrer a imunização. O que se sabe até o momento é que devem ser escolhidas cidades com altas taxas de letalidade, incidência, transmissão e vulnerabilidade.
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A intenção do governo estadual é observar a resposta dessa imunização nos municípios catarinenses por meio de parcerias com universidades e pesquisadores. A população seria vacinada com as duas doses, fora do cronograma oficial do Estado, em um esquema semelhante ao que ocorreu na cidade de Serrana, em São Paulo.
Segundo dados do Vacinômetro, do Governo de Santa Catarina, 29,25% da população catarinense recebeu, ao menos, a primeira dose da vacina até esta segunda-feira, 14. Já 10,53% estão com o cronograma vacinal completo, com as duas doses já aplicadas.
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