Os professores e profissionais da educação estão incluídos nos próximos grupos prioritários a receberem a vacina contra a Covid-19. O governo do Estado anunciou esta semana a imunização desta categoria com a definição de uma ordem entre as etapas de ensino para escalonar a aplicação das doses. A estimativa inicial é de que aproximadamente 195 mil pessoas que lecionam ou atuam no ensino básico sejam atendidas, segundo dados do Censo Escolar.

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A data de início da vacinação ainda não foi definida. Ela depende da chegada de novas remessas de vacinas ao Estado. Nesta quinta-feira (13), mais dois lotes de imunizantes foram descarregados em SC – 79.750 doses da Astrazeneca e 72.800 da CoronaVac. No entanto, segundo a Diretoria de Vigilância Sanitária (Dive-SC), os professores ainda não serão atendidos nessa carga, que terá a maior parte destinada à aplicação da segunda dose.

Quando tiver início, a vacinação de professores vai começar por educadores do ensino infantil, que atuam com crianças que têm mais dificuldade para seguir as normas de proteção como uso correto da máscara e o distanciamento social. Mais de um público pode ser imunizado simultaneamente se houver doses suficientes. Se houver poucas vacinas disponíveis, cada etapa de ensino também pode ser dividida por idade.

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Quantos professores serão vacinados?

A estimativa divulgada pela Secretaria de Estado da Educação é de que 195 mil professores e profissionais da educação possam ser imunizados, com base em números do Censo Escolar. A pasta está concluindo um levantamento com números dos municípios e deve divulgar nos próximos dias mais dados sobre cada grupo de professores e servidores que poderá receber a vacina. Serão atendidos os trabalhadores da educação – rede municipal e estadual, pública e particular.

Para o primeiro grupo a ser vacinado, formado por professores e auxiliares da educação infantil, a secretaria estima que sejam necessárias 35 mil doses.

Qual a ordem de vacinação?

1º grupo – Profissionais em atendimento presencial

– Educação Infantil (professores e auxiliares);

– Educação Especial;

– Equipe técnica, administrativa e pedagógica (gestão, limpeza, alimentação, orientadores de convivência);

– Ensino Fundamental (professor, segundo professor, auxiliares, intérpretes de Libras);

– Ensino Médio (professor, segundo professor, auxiliares, intérpretes de Libras);

– Ensino Superior.

2º grupo – Profissionais que atuam em atividade remota

– Segue a mesma ordem das etapas de ensino do primeiro grupo

Profissionais que são do Grupo de Risco para a Covid;

Profissionais que atuam em atividade remota, EAD ou similares.

Quando começa?

A data de início ainda não está definida. Ela depende da chegada de novas doses e de um avanço na imunização das pessoas com comorbidades, grupo atualmente sendo atendido com as novas vacinas que chegam ao Estado. Esse público tem cerca de 1 milhão de pessoas, conforme previsão do governo. Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, até o momento o Estado estima que um quarto do total deste público já tenha sido imunizado.

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Onde será?

A estratégia de vacinação é definida por cada município, geralmente após receber doses para uma nova categoria. Assim, é possível que além da oferta de doses nos postos de vacinação que já atendem outros públicos, como idosos e pessoas com comorbidades, sejam adotados também modelos como a aplicação em escolas e estabelecimentos de ensino. A estratégia de ir aos locais de trabalho foi adotada em algumas cidades para vacinar os profissionais de saúde, no início da campanha.

Cobrança sobre prazos

A vacinação de professores e profissionais da educação foi tema de uma audiência pública nesta quinta-feira na Assembleia Legislativa (Alesc). A Comissão de Educação da Casa lembrou que Estados como Paraná, Maranhão, Espírito Santo e São Paulo já vacinam educadores. O grupo decidiu enviar um documento ao governador Carlos Moisés e a secretários municipais de saúde cobrando uma data específica para o início da imunização desta categoria.

No encontro, o secretário-adjunto de Saúde de SC, Alexandre Fagundes, afirmou que o titular da pasta, André Motta Ribeiro, irá a Brasília na próxima semana e pedirá o envio de mais doses ao Estado para permitir a vacinação dos trabalhadores da educação. Fagundes chegou a apontar uma possibilidade de a imunização dos educadores ocorrer a partir de junho, mas nçao precisou uma data.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC) considera que a vacinação dos professores é uma conquista da mobilização da categoria e dos sindicatos e que deve ajudar a prevenir casos em uma possível terceira onda, mas agora pressiona para a definição do calendário de vacinação da categoria.

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