As puérperas têm surpreendido os organizadores da campanha de vacinação contra a gripe em Joinville. Até esta terça-feira, a Secretaria de Saúde do Município já tinha atingido 84% da meta estabelecida para este público, formado por mães que deram a luz há menos de 45 dias. Foram 812 vacinadas, o que representa o dobro de imunização, já que os bebês recebem os anticorpos contra a gripe através do leite materno. As gestantes também, mas não chegaram aos 35% da meta.

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– É importante que as gestantes façam a vacinação, porque quando ela recebe, passa os anticorpos para o bebê por vias transplantarias – explica a enfermeira Gorete Cardoso, responsável técnica pela imunização, na Secretaria.

Para a enfermeira, é preciso informar que não é somente a mulher grávida que está protegida, mas o bebê também fica imune aos vírus H1N1, H3N2 e influenza B. Se recebe os anticorpos na barriga, a criança fica protegida até os seis meses de idade. Neste primeiro período do desenvolvimento, de acordo com a enfermeira, não adianta vacinar o bebê porque o sistema imunológico não está maduro o suficiente para produzir anticorpos a partir da vacinação.

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Existem apenas 165 mulheres que deram à luz neste mês que precisariam ainda se vacinar, enquanto o número de gestantes na mesma situação equivale a 5.875. A diferença entre as metas pode estar, na avaliação de Cardoso, no número reduzido de mães que tiveram parto recente.

Até esta terça-feira 56.887 joinvilenses foram vacinados. O que representa 46,4% do número que a secretaria pretendia atingir no início da campanha. Quase metade do público que tem prioridade na vacinação é composto de idosos. Entre eles, 58% do objetivo já foi cumprido e são 26.921 imunizados. Apesar de o resultado da estar abaixo do esperado, ainda não há previsão para o prorrogação da campanha, que termina nesta sexta-feira. Vacina a secretaria garante que tem, o que falta é não deixar para última hora.

– Nossa população é muito grande, mas as pessoas podem continuar procurando os postos – explica ela, que conclui – As pessoas estão procurando. Mas às vezes encontram a unidade cheia e acabam protelando a vacinação.

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