A vacinação de bovinos, suínos e equínos contra a raiva se tornou obrigatória na zona rural de municípios da Grande Florianópolis. Após a confirmação de focos da doença em Tijucas e Biguaçu, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) reforça os trabalhos na região e pede a colaboração dos produtores rurais.
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A obrigatoriedade é válida no meio rural de Tijucas, Canelinha, Biguaçu, São João Batista e Governador Celso Ramos. Os produtores rurais devem comprovar a vacinação apresentando a nota fiscal de compra na Cidasc ou ao fiscal veterinário que vistoriar a propriedade. Se um veterinário fizer a vacinação e emitir um atestado, também é aceito como comprovante.
Em entrevista ao Notícia na Manhã, o médico veterinário Fábio Ferreira, da Cidasc, explicou que o aumento dos casos de raiva é cíclico e costuma acontecer a cada seis anos. O motivo é o ciclo de reprodução do morcego vampiro, que é o vetor de transmissão.
Ouça a entrevista:
A raiva pode atingir qualquer mamífero, inclusive seres humanos. O veterinário explica que esse ciclo é rural, e a única maneira de prevenir é vacinar o rebanho. Por isso, explica Ferreira, alguns municípios entram na área de foco de vacinação.
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— Em Santa Catarina, a raiva urbana está sob controle. O vírus da raiva do cachorro e gato não acontece aqui no Estado há alguns anos.
No início do mês, houve uma morte de uma pessoa em razão da doença, o que não acontecia desde 1981. A mulher, de 58 anos e moradora do Sul de SC, foi mordida por um gato.
A raiva é transmitida por animais domésticos, animais de produção e animais silvestres, ataca o sistema nervoso central, causando mudança de comportamento, paralisia e em alguns casos, agressividade.
O animal doente elimina o vírus da raiva pela saliva, por isso não devemos colocar a mão na boca de cavalos ou bovinos que estejam com dificuldade de locomoção e/ou salivação intensa. Usualmente, a doença é transmitida através da mordida do animal infectado, mas o simples contato entre saliva e feridas abertas, mucosas e arranhões também propaga o vírus.
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