A vacina contra Covid-19 em spray nasal pode começar a ser testada em humanos nos próximos meses. Isso porque o Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas, de São Paulo, pediu a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para início das fases I e II do estudo clínico. As informações são do g1.
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O produto é inédito pela forma de administração pelas narinas. O Incor informou que os ensaios experimentais mostram que os animais imunizados com o spray apresentam “altos níveis de anticorpos IgA e IgG” e, ainda, resposta celular protetora.
Como é nasal, o medicamento pode reconhecer o vírus já na entrada do organismo, pelo nariz e boca, e começar a proteção, gerando uma resposta protetora mais ágil. A ideia é que a vacina seja utilizada como dose de reforço contra Covid. Ela deverá ser produzida com Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) totalmente brasileiro.
A expectativa é de que os testes em humanos começem em janeiro de 2022, segundo os pesquisadores. Participarão dessa fase 280 pessoas distribuídas em 7 grupos. Seis conjuntos vão receber quantidades diferentes do spray para testar a melhor dosagem. O sétimo grupo receberá placebo.
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Participarão dos testes indivíduos que já receberam as duas doses da AstraZeneca. As duas primeiras fases da etapa clínica terão duração de até três meses. O objetivo é analisar a segurança e a resposta imune em humanos e, ainda, descobrir a quantidade de produto mais adequada.
Próximos passos
- Caso a Anvisa autorize o início das fases I e II, os testes devem começar em janeiro de 2022 e terminar em abril.
- Se passar de etapa e a Anvisa autorizar o início da fase III, os testes são realizados em grandes populações para avaliar eficácia e segurança.
- A último etapa para o início da aplicação nas pessoas em geral é o registro. Se passar por todas as fases, a vacina em forma de spray nasal é registrada pela Anvisa e pode ser disponobilizada e comercializada.
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Por que uma vacina nasal?
O professor chefe do estudo, Dr. Jorge Kalil, explica que a forma de spray tem como objetivo combater o vírus no local mais importante de infecção.
— O vírus entra no organismo pelo nariz infectando a mucosa. O nosso foco é criar uma vacina que atue diretamente no sistema respiratório, fortalecendo a resposta imune de toda essa região, de forma a evitar a cadeia de infecção do indivíduo, desenvolvimento da doença e transmissão para outras pessoas”, afirma Kalil ao g1.
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