A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou nesta segunda-feira (21) a aprovação da vacina da Pfizer/BioNTech contra o coronavírus. O órgão responsável pela regulação de remédios na Europa também afirmou que “não há provas” de que o fármaco não será eficaz contra a nova cepa de coronavírus detectada no Reino Unido.
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— Eu tenho o prazer de anunciar que o comitê científico da EMA se reuniu hoje e recomendou uma autorização de comercialização condicional na União Europeia (UE) da vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech — afirmou a diretora-geral da EMA, Emer Cooke, em uma entrevista coletiva on-line.
A decisão da EMA abre o caminho para as campanhas de vacinação nos países da União Europeia (UE), nos próximos dias.
O Comitê de Medicamentos de Usos Humanos (CHMP, na sigla em inglês) da EMA, com sede em Amsterdã, na Holanda, antecipou em uma semana a reunião inicialmente prevista para 29 de dezembro, após pressão da Alemanha e de outros países, que desejavam uma decisão rápida.
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— É um passo importante na luta contra esta pandemia, que está provocando tanto sofrimento e dificuldades — disse Cooke.
— Trata-se realmente de uma conquista científica histórica: em menos de um ano uma vacina foi desenvolvida e autorizada contra esta doença — destacou.
Cooke afirmou ainda que, até o momento, não foram registrados indícios de que a vacina Pfizer/BioNTech seja ineficaz contra a nova cepa de coronavírus detectada no Reino Unido e que, segundo o governo britânico, poderia ser até 70% mais contagiosa.
— No momento, não há provas de que esta vacina não funcionará contra a nova cepa de coronavírus —disse Cooke.
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Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, México, Costa Rica, Equador, Arábia Saudita, Israel, Singapura e Suíça já autorizaram a vacina Pfizer/BioNTech. Alguns iniciaram as campanhas de vacinação.
De acordo com a Comissão Europeia, os Estados-membros da UE pretendem iniciar a campanha de vacinação em 27 de dezembro.
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Reunião foi antecipada após pressão da Alemanha
A agência pretendia tomar uma decisão sobre a vacina do laboratório Moderna em 12 de janeiro, mas também antecipou a reunião em uma semana, como no caso da Pfizer/BioNTech.
A vacina desenvolvida pela gigante americana Pfizer e a empresa alemã BioNTech demonstrou eficácia de 95% nos testes clínicos internacionais em que foram administradas duas doses com três semanas de intervalo.
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A EMA fez uma “análise contínua” dos dados procedentes das análises dos laboratórios e testes clínicos, à medida que eram enviados. Em um período normal, a agência examina os dados somente após o envio de todas as informações.
A Pfizer-BioNTech apresentou em 1º de dezembro uma solicitação de autorização, e a EMA respondeu que tomaria a decisão em 28 de dezembro.
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Reino Unido, Estados Unidos e Canadá aprovaram o uso emergencial e iniciaram campanhas de vacinação. Vários países reclamaram da lentidão do processo de decisão da agência europeia, incluindo Alemanha, Polônia e Hungria.
A EMA também sofreu um ciberataque, no qual foram roubados dados sobre a Pfizer/BioNTech e a Moderna, mas o problema não teve impacto no calendário, segundo a agência.
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Após a autorização da EMA, a Comissão Europeia pretende aprovar rapidamente a decisão para iniciar a vacinação em toda União Europeia, que tem quase 450 milhões de habitantes.
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* Por Danny Kemp