A Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, anunciou nesta sexta-feira (29) que sua vacina contra o coronavírus tem eficácia de 66% contra casos graves e moderados de Covid-19. Voluntários de Santa Catarina participaram dos testes deste imunizante, na cidade de Criciúma, no Sul do Estado.
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Segundo o ensaio clínico apresentado pela fabricante, a vacina, que requer apenas uma dose, tem eficácia de 85% quando são levados em conta apenas os casos graves da doença. O imunizante é um dos mais aguardados, porque, além de poder ser aplicado em dose única, o armazenamento dele é mais simples que outras vacinas já em uso.
Os resultados divulgados nesta sexta se referem aos ensaios clínicos de fase 3 do imunizante. Eles foram conduzidos simultaneamente em 8 países, incluindo o Brasil, e são para casos moderados e graves, que necessitam de hospitalização. Os testes foram feitos em 43.783 voluntários.
No Brasil, 28 centros de pesquisa participaram do estudo. Em Santa Catarina, os testes em Criciúma foram com profissionais de saúde que atuam na linha de frente de combate à Covid no Hospital São José.
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Os números apresentados pela Janssen variaram segundo a região do estudo. Nos Estados Unidos, a eficácia da vacina em impedir hospitalização foi de 72%. Na América Latina, essa taxa caiu para 66%, enquanto na África do Sul, foi de 57%.
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A companhia anunciou que solicitará na próxima semana o uso emergencial de sua fórmula à Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora dos Estados Unidos. A expectativa é de que a autorização seja concedida em fevereiro.
A vacina da Janssen passou a ser testada no Brasil após receber autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em agosto.
O Ministério da Saúde firmou um memorando de entendimento não vinculante, com intenção de compra, mas sem reservar doses, para comprar 38 milhões de doses do imunizante. Seriam 3 milhões de doses no segundo trimestre, 8 milhões no terceiro trimestre e 27 milhões no quarto trimestre de 2021.
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No momento, o Brasil tem duas vacinas já aprovadas pela Anvisa para uso emergencial, e que estão sendo usadas no início da campanha de imunização – a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan de São Paulo em parceria com a fabricante chinesa Sinovac, e a AstraZeneca/Oxford, que no Brasil tem parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
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