Ao menos 15 milhões de vacinas contra o novo coronavírus podem chegar ao Brasil até o fim deste ano. É isso que prevê um convênio assinado entre o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o laboratório AstraZeneca — ligado ao governo britânico. Caso a imunização seja eficiente e segura, o país irá adquirir tecnologia e produção equivalente a 100 milhões de doses — sendo que 15% chegariam até dezembro, de acordo com nota publicada pelo governo federal. A vacina em questão é a que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.

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O total que será investido para a fabricação da vacina contra a Covid-19 beira os R$ 2 bilhões. São R$ 522 milhões que serão repassados à unidade de Bio-Manguinhos, estrutura da Fiocruz que faz a produção de imunobiológicos. Outro montante de recursos, de R$ 1,3 bilhão, é referente àquilo que o Ministério da Saúde chama de “encomenda tecnológica” e corresponde a todo o trâmite até a finalização da vacina contra o novo coronavírus.

A diretora de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Camile Giaretta, afirma que a assinatura desse convênio é “um passo importante para a formalização do acordo entre os laboratórios” e que a ação do governo federal “significa um avanço para o desenvolvimento de uma tecnologia nacional” aliada no combate à pandemia.

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O acordo entre Fiocruz e AstraZeneca é resultado da cooperação entre o governo brasileiro e governo britânico, anunciado em 27 de junho pelo Ministério da Saúde. O próximo passo será a assinatura de um acordo de encomenda tecnológica, previsto para a segunda semana de agosto, que garante acesso a 100 milhões de doses do insumo da vacina, das quais 30 milhões de doses entre dezembro e janeiro e 70 milhões ao longo dos dois primeiros trimestres de 2021.

Todas essas doses serão distribuídas gratuitamente à população pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) ligado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

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