As UTIs cardiológica e geral do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, voltaram a ter climatização às 15 horas desta segunda-feira, depois de um final de semana sem refresco para os pacientes. No sábado, um dos aparelhos de ar condicionado estragou. No domingo, outros três equipamentos também pararam de funcionar, deixando o ambiente totalmente sem refrigeração. Os pacientes internados ficaram à base de ventiladores, que foram excepcionalmente permitidos dentro das unidades.

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Técnicos vieram de Florianópolis para fazer os reparos. O sistema de refrigeração das duas UTIs é ligado a uma central e a ventilação é feita através de dutos. Um equipamento como esse pode custar até R$ 1 Milhão, de acordo com o gerente.

Na quinta-feira, o primeiro equipamento a apresentar problema foi avaliado por técnicos, que não conseguiram a peça necessária para o conserto. Cada UTI funciona com dois aparelhos, somando quatro ligados a uma central. Como apenas um deles estava danificado, o uso de alternativas para ventilação não foi permitido na unidade cardiológica, a primeira a ter problemas de refrigeração. Com a quebra dos quatro, houve a necessidade de apelar para os ventiladores, mesmo diante do risco de proliferação de bactérias.

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– Não é uma situação ideal. É uma situação de emergência. Mas se a gente for ver, pode acontecer. Isso acontece nos quartos com os pacientes que estão aguardando um leito de UTI – argumentou o gerente administrativo do hospital, Antônio Luiz Ponciano.

A UTI, segundo explicou Ponciano, já não tem uma boa circulação de ar propositadamente. Abrir as janelas não resolveria.

– Sorte que hoje também não está tão quente – amenizou o gerente.

Ventilador de pé

Com a mãe Terezinha Correa, de 67 anos, em recuperação na UTI por causa de uma cirurgia de retirada de um tumor no intestino, a dona de casa Maria Aparecida Correa Lemos, de 42 anos, foi obrigada a improvisar. Levou um ventilador de pé para a unidade e deixou logo à frente do leito.

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– Ela só dizia “calor, calor, calor” – contou Maria.

A mãe reclamou muito da situação, principalmente no domingo. Para amenizar o clima quente e pouco ventilado da UTI, Terezinha precisou de mais do que um ventilador de pé. Tomou vários banhos com ajuda das enfermeiras. Conforme o relato da filha, o fato de a mãe ser obesa, estar com pontos recentemente feitos e precisar de drenos, causou ainda mais desconforto.

– Mas as enfermeiras fazem o impossível para trazer conforto aos pacientes – considerou ela.

Nesta segunda-feira, Maria visitou a mãe, na companhia do pai, Bernardo Natanael Correa, de 74 anos. Na saída do hospital já puderam levar o ventilador embora.

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