A prática de cobrar a corrida de táxi desde a saída do ponto está causando polêmica em Jaraguá do Sul. Usuários se sentem lesados por pagarem por um serviço correspondente a um trecho por onde não passaram.

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Do outro lado, taxistas acham inviável deixar de ligar o taxímetro desde o ponto, alegando que perderiam dinheiro por causa das grandes distâncias.

No meio dessa queda de braço está a Prefeitura. Um decreto datado de 1985 regulamenta a atuação de taxistas na cidade, mas o documento não tem instruções sobre esse tipo de prática.

A única cobrança regulamentada é a bandeirada, ou seja, a taxa mínima que é cobrada a partir do embarque, que em Jaraguá é de R$ 4. O presidente da Associação dos Motoristas Autônomos do Vale do Itapocu, Eliseu Petry, explica como funciona esse serviço.

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– Se você me chama em Nereu Ramos e quer ir para Três Rios do Norte, para chegar até você, vou gastar R$ 20, mas para ir ao destino, partindo do momento em que você entrou no carro, gastarei de R$ 6 a R$ 7. Quem vai arcar com esse custo até eu chegar onde você está? -, questiona Petry.

O presidente orienta os usuários a optarem por pontos de táxi mais próximos de onde estão.

– Já tivemos profissionais que tentaram trabalhar sem cobrar desde a saída, mas não aguentaram. Quando solicitar um táxi, é importante chamar os pontos mais pertos -, destaca Petry.

Questionado sobre a forma como o serviço é prestado em outras cidades, Eliseu defende o modelo utilizado em Jaraguá.

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– Aqui não comporta um serviço de radiotáxi, como ocorre em cidades grandes -, ressalta.

A aposentada Relindes Zapella, 60 anos, costuma ir de táxi até a rodoviária. Ela diz que a forma de cobrança depende do taxista.

– Priorizo aqueles que não cobram desde a saída. Não acho a cobrança justa, mas eles também precisam ganhar dinheiro -, opina.

Relindes mora no bairro Czerniewicz e gasta, em média, R$ 13 para ir até a rodoviária, que fica no bairro Baependi.

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