Deprimido, ansioso ou se sentindo sozinho no mundo. Você está em dúvidas sobre como seu filho adolescente anda se sentindo?

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Pesquisas recentes sobre o uso do celular talvez esclareçam um pouco esses sentimentos. Em um estudo espanhol com jovens entre 13 e 20 anos, 42% afirmaram usar seus aparelhos “intensivamente” – mais de quatro vezes por dia. Um quinto afirmou não conseguir ficar um dia sem o celular. As meninas demonstram o dobro de dependência dos meninos.

Tanto a dependência quanto o uso intensivo do aparelho podem estar ligados a problemas na escola, abuso de álcool, depressão e uso de drogas. De acordo com especialistas, quadros depressivos podem levar ao uso intenso do celular. Os solitários tendem a usar seus telefones para fazer ligações quando querem o som de uma voz do outro lado como companhia. Os ansiosos preferem as mensagens de texto, evitando as armadilhas da conversa ao vivo.

Então, se você atingiu o nível comum de não comunicação com seu filho ou filha adolescente, perguntar como ele usa o celular pode ser um truque esperto para descobrir o que ele está sentindo. Se você paga a conta, pode facilmente checar a intensidade do uso diário. Ele pode muito bem responder se você perguntar despreocupadamente como ele ficaria sem o aparelho por um dia ou se iria querer deixar de existir sem o telefone. Se ele preferir texto em vez de ligações, ou vice-versa, pode ser uma dica para identificar se é solitário ou ansioso.

Intrigantes também são as descobertas do último estudo sobre o uso do celular por estudantes e a relação com a aprovação social e o camaleonismo (fingimento de personalidade). Acredita-se que tais pessoas tenham consciência de como são vistas pelos olhos dos outros. Ou seja, estariam propensos a agir em situações sociais, especialmente ansiosos para serem divertidos e dispostos a serem falantes.

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Os camaleões também estão propensos às formas mais comuns de vício, desde substâncias ilícitas a apostas e sexo. Eles tendem a ser solitários que se arriscam com frequência, fazem consumo extravagante e têm estilo escorregadio.

Filhos camaleões

Como era de se esperar, os jovens que fingem personalidades (os camaleões) falam mais ao celular e têm mais propensão a serem dependentes ou intensivos no uso dos aparelhos. À medida que tende a ter baixa autoestima, o grupo é socialmente frágil, com necessidade constante de reafirmação.

Então, se seu filho é um usuário fanático pelo celular, isso pode reforçar a suspeita de que seja até mais camaleão do que normal. Ele é parte de uma geração em que a aparência e o cuidado com a imagem são importantes como nunca. Não é o que você faz, é a forma como faz, no nosso fantástico mundo de profissões liberais. A aparência conta muito nas relações do escritório, tanto quanto a atitude jovem.

Levantar o tipo ou a quantidade de uso do celular deles pode ajudar a descobrir onde agir. Mas se você consegue abordar o quão pressionados eles se sentem para lidar com os colegas, eles podem simplesmente ficar felizes com a atenção. Isso pode levar a uma conversa franca ou até a uma terapia.

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Na pior das hipóteses, você vai economizar na conta do telefone.