Um estudo australiano, publicado no jornal científico Plos One, revela que o uso de antipsicóticos durante a gravidez aumenta para 43% a proporção de bebês necessitando de cuidados especiais ao nascimento – quase 3 vezes mais que a média nacional na Austrália.

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Segundo o estudo, antipsicóticos causaram 18% de nascimentos prematuros, 37% bebês com sofrimento respiratório e 15% com sintomas de dependência ao medicamento. A maioria dos bebês nasceram saudáveis, mas a alta incidência de problemas ao nascer é preocupante.

Preocupação para mães

Antipsicóticos são drogas normalmente utilizadas para tratar vários tipos de problemas psiquiátricos, incluindo a esquizofrenia, depressão maior e desordem bipolar. Cerca de 20% das mulheres australianas podem experimentar depressão ao longo de sua vida, comparado a apenas 10% dos homens. Na Austrália, 25% das mulheres experimentam depressão pós-parto e 20% apresentam sintomas severos de depressão na menopausa. As desordens de ansiedade são muito mais prevalentes nas mulheres do que em homens, enquanto a proporção de ocorrência de esquizofrenia e desordem bipolar são equivalentes em ambos os sexos e estão em torno de 2-3%.

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Prós e contras

Os riscos de tomar um antipsicótico durante a gravidez tem de ser pesado contra o perigo da doença psiquiátrica ficar sem tratamento. A boa notícia é que não há nenhuma evidência de que estas drogas produzam deformidades nos bebês. Porém os médicos devem se preocupar principalmente com o sofrimento respiratório. Assim é importante que estes bebês tenham à disposição uma unidade de terapia intensiva.