O uso de drone na fiscalização, a aglomeração de eleitores em alguns locais e a presença de mesários sem viseira de proteção para o rosto chamaram a atenção durante a votação deste domingo (15) em Florianópolis. Os eleitores foram às urnas para escolher prefeito e vereadores nas Eleições 2020.

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O Instituto Estadual de Educação (IEE), na Capital, um dos maiores locais de votação de Florianópolis, foi um dos 100 pontos do país escolhidos pela olícia Federal (PF) para uso de um drone. O objetivo da PF é identificar suspeitos de crimes eleitorais, como boca de urna e distribuição de santinhos.

Os locais foram escolhidos previamente, mas a lista de onde os drones são usados é mantida em sigilo. O equipamento ajuda na observação do espaço, inclusive adjacências, onde ocorre a votação.

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Enquanto o drone sobrevoava o IEE, onde votam cerca de 5,5 mil eleitores, no chão havia reclamação sobre aglomeração. Isso ocorreu porque a urna eletrônica usada nas seções eleitorais 254 e 255 deu problema por duas vezes. Na primeira vez, a fotografia dos candidatos a vereador não aparecia.

Na segunda, um eleitor fez um voto incompleto e a urna não abria para o eleitor seguinte. O problema foi solucionado, mas não impediu a formação da fila. A situação piorou por não haver marcação no chão para orientar o distanciamento sugerido nas regras sanitárias.

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Muitos dos eleitores eram idosos que tinham ido votar antes das 10h, conforme orientação da Justiça Eleitoral, e reclamaram por ter que esperar por quase meia hora.

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Alguns eleitores reclamaram para fiscais do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e se revoltaram com a resposta sobre “falta de gente para fiscalizar”.

– Acho absurdo a gente se cuidar em casa e no trabalho e no dia da eleição correr um risco desses – criticou o eleitor Rui Moisés, 64 anos.

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Mesários sem viseira

Eleitores também questionaram o não uso das viseiras plásticas (face shields) por parte dos mesários, que foram fornecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O DC comprovou isso na sessão 233 e 234 do IEE.

Questionada sobre o fato, a assessoria de imprensa do TRE informou que o TSE distribuiu as viseiras para todos os mesários de Santa Catarina.

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A eleitora Marli Correia reclamou da junção de seções

– A gente já acha errado ter eleição em ano de pandemia. Calcula daqui a 15 dias e veja quantos vão estar com a Covid-19 aqui em Floripa e no resto do Brasil – sugeriu Marli.

A velha política de jogar santinhos no chão continuou na disputa 2020.

– Todo ano é assim: queria saber o que a Justiça Eleitoral faz com esses candidatos, já que é crime previsto na lei – observou Maurício Del Costa.

Santinhos jogados no chão incomodaram eleitores em Florianópolis
Santinhos jogados no chão incomodaram eleitores em Florianópolis (Foto: Ângela Bastos)

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