A primeira usina de hidrogênio verde de Santa Catarina, construída e operada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi inaugurada na tarde desta sexta-feira (25). A inauguração teve a presença do reitor Irineu Manoel de Souza e de representantes do Ministério de Minas e Energia.
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O projeto de R$ 14 milhões uniu Brasil e Alemanha em um trabalho de cooperação científica e tecnológica. O novo prédio é considerado uma vitrine tecnológica e tem como meta impactar a sociedade na produção de energia sustentável e na descarbonização da Amazônia.
Na inauguração, o professor Ricardo Rüther, coordenador do projeto, explicou os mecanismos de produção do hidrogênio verde, feito com dois insumos: água e energia elétrica em grande quantidade.
— Esse prédio gera toda a energia necessária e capta toda a água da chuva necessária para a produção — reforçou, citando a expectativa de que o prédio abrigue equipes de pesquisadores que serão incorporados pelo mercado de trabalho com formação de ponta.
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O secretário de Transição Energética do Ministério de Minas e Energia, Thiago Barral, anunciou feitos da equipe e afirmou que o país vai “mudar de patamar” com os investimentos em produção de hidrogênio verde.
Inauguração da usina de hidrogênio verde da UFSC
Capacidade da usina
O hidrogênio já está sendo produzido no novo bloco do laboratório. A usina tem o potencial máximo de geração de 4,1 Nm3/h (normal metro cúbico por hora) de hidrogênio verde e produção máxima de 1 kg/h de amônia. A produção diária vai depender da irradiação solar e, consequentemente, da geração fotovoltaica de cada dia. Tanto a amônia quanto o hidrogênio verde têm importante papel na descarbonização da Amazônia, pois são produzidos de forma sustentável, alinhados com as expectativas mundiais de produção e geração de energia.
O espaço conta com laboratórios nos pavimentos inferiores, salas de aula e de pesquisadores nos pavimentos superiores e estação solarimétrica no terraço – onde é possível medir os parâmetros solares. Além disso, foi construído com outra inovação: as placas solares são o próprio telhado e revestimento das paredes, diferente dos outros dois blocos do laboratório, onde foram instaladas sobre o telhado. Há, inclusive, um mirante no topo do prédio para visualização dos equipamentos.
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O gás hidrogênio, que recebe o adjetivo de “verde” por conta da sustentabilidade da produção via eletrólise utilizando somente água e energia renovável, vem sendo pesquisado pelos principais países do mundo. A possibilidade de uso da energia fotovoltaica como fonte de energia elétrica com baixo custo para a produção do hidrogênio verde foi o que contou pontos a favor da UFSC para a parceria no projeto.
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