A Usina Hidrelétrica Campos Novos, no Meio-Oeste de Santa Catarina, está operando com apenas com 30% da capacidade máxima de geração, que é de 880 megawatts e corresponde a 25% da demanda dos catarinenses. As usinas de Machadinho e Foz do Chapecó também estão com a capacidade comprometida.
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Mesmo com a estiagem, os trabalhos ainda não foram paralisados completamente. Porém, a geração está sendo suspensa em alguns finais de semana e durante as madrugadas, geralmente nos períodos em que o nível do reservatório está muito baixo.
Nesta quinta-feira, o lago da Usina estava com apenas com 40 centímetros de água, quando o normal são pelo menos cinco metros. Embora os números pareçam alarmantes, a situação é considerada normal e prevista para a época do ano, quando as estiagens costumam ser mais comuns.
Conforme o gerente de Operação e Manutenção da Usina, Volnei Delfes, o cenário deve se manter nos próximos dias, já que não há previsão de chuvas significativas para a região. Para a Usina de Campos Novos, que opera há cinco anos, estes meses de estiagem estão sendo os piores já enfrentados.
Delfes lembra que, no ano de 2009, o período também foi crítico e a capacidade de geração foi reduzida. Ele explica que, como o lago não tem grande capacidade de armazenamento, os períodos de seca servem também para a manutenção dos maquinários e parte deles será desligada neste mês para os reparos. O funcionamento dos três geradores será em esquema de rodízio, mas um deles sempre ficará operando.
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– Como a afluência é baixa, operamos apenas durante o dia, em alguns momentos, quando a demanda por energia é maior. Vamos aproveitar para fazer a manutenção da usina – salienta o gerente.
O gerente descarta, por enquanto, a necessidade de paralisação total dos trabalhos. Ele salienta que a previsão do tempo é analisada todos os dias, para saber as perspectivas de geração, conforme a chance de chuvas.