Um uruguaio de 57 anos que chamou dois funcionários de um hotel em Florianópolis de “pretos fedorentos”, “pretos sujos” e “pretos pobres” foi condenado por injúria racial nesta terça-feira (6). O caso ocorreu em 2017, e, na época, o turista foi preso em flagrante. A pena foi de um ano e dois meses em regime aberto. 

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O caso ocorreu em 16 de fevereiro de 2017, em um hotel na praia do Campeche, no Sul da Ilha. Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, na ocasião, o uruguaio bebeu e perturbou outros hóspedes. Depois, teria ofendido os funcionários com xingamentos racistas. 

Conforme a sentença, o homem negou que tenha ofendido os funcionários. De acordo com o juiz Renato Guilherme Gomes Cunha, da 1ª Vara Criminal da Capital, o depoimento das vítimas foi “firme e coerente”. Além disso, os xingamentos foram testemunhados por policiais militares que foram chamados para a ocorrência. 

“Em que pese o acusado tenha negado em delegacia que tivesse ofendido as vítimas, sua negativa não merece prosperar, uma vez que a análise dos demais depoimentos colhidos em juízo demonstra que efetivamente proferiu ofensas de natureza racial, utilizando termos como ‘preto sujo’, ‘preto fedorento’, ‘preto pobre’, com o intuito específico de humilhar e atingir a honra subjetiva das vítimas em razão da raça e cor de pele”, destaca a sentença.

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Na data do ocorrido, Rucci chegou a ser preso em flagrante, mas teve a liberdade provisória concedida mediante o cumprimento de medidas cautelares. A decisão cabe recurso. 

O tempo em que ele estaria preso foi revertido em prestação de serviços e pagamento de um salário mínimo. A comunidade ou as entidades públicas beneficiadas deverão ser designadas pelo juízo.