Uruguai: Sandra Caprioli escolheu morar em Joinville durante as férias que passou no litoral catarinense

Sol, belas praias, cidades agitadas. É difícil resistir aos encantos do litoral catarinense. Tem gente até que não tem vontade de voltar para casa. E foi justamente desta maneira que começou a história de Sandra Caprioli, uruguaia, que já passava os verões em Balneário Camboriú antes de decidir trazer a família toda para morar no Brasil.

Em 1998, ela, o marido e os três filhos vieram em busca de oportunidades de trabalho em terras catarinenses. Logo, procuraram Joinville, polo industrial do Estado.

– Como meu marido era técnico mecânico das Linhas Aéreas Uruguaias, optamos por Joinville, onde nos disseram que havia mais oportunidades por causa da indústria -, relembra.

Mas a realização do “sonho de verão” teve de superar alguns obstáculos.

– Tudo é diferente. O Uruguai é bem menor. O Brasil é um país do tamanho de um continente -, compara.

O idioma surgiu como primeiro adversário. A filha mais velha, por exemplo, sofreu bastante.

– Ela não entendia os brasileiros -, revela.

Hoje, a situação é outra. Sandra, que já era professora no Uruguai, dá aulas de espanhol na Escola Trades, que faz também traduções.

Além das características geográficas e linguísticas, a uruguaia cita ainda outras diferenças entre os países.

– A comida, por exemplo. Lá não se come feijão. Em termos de oportunidade, lá as pessoas formadas acabam trabalhando em empregos de motorista. Aqui não, quem é formado consegue trabalhar na área -, valoriza.

Em Joinville, percebe diferenças maiores.

– O joinvilense é um pouco fechado. São, na verdade, desconfiados, mas eles recebem bem as pessoas que são honestas.

Adaptada à realidade do novo lar, Sandra procura matar as saudades da terra natal com um bom chimarrão, que deve ser o combustível da torcida uruguaia na Copa das Confederações. Para Sandra, a Celeste tem boas chances durante a competição.

– Já ganhamos aqui em 1950, ninguém esquece disso -, provoca.

A professora só prevê dificuldades diante da atual campeã mundial.

– Contra a Espanha, teremos problemas, mas temos um time forte e campeão -, confia.