O Uruguai deu por encerrada, nesta sexta-feira (29), sua gestão na presidência rotativa do Mercosul, sem anunciar a transferência do posto a qualquer um dos sócios do bloco – de acordo com nota divulgada pela Chancelaria.

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“Tendo expirado o período de seis meses” consagrado na normativa interna do Mercosul, o Uruguai “finalizou sua presidência pro tempore”, declara o texto.

A nota não informa sobre a transferência para a Venezuela – país ao qual, por ordem alfabética, caberia essa posição -, ou para qualquer outro dos sócios do bloco (Argentina, Brasil, ou Paraguai).

O Mercosul está vivendo uma profunda crise após a rejeição de Brasil e Paraguai sobre a Venezuela assumir o comando da agenda e da representação do grupo, devido à situação política que o país caribenho atravessa.

Por tradição, a presidência pro tempore é transferida em reuniões de cúpula entre os países. Uma dessas reuniões havia sido convocada para sábado (30), em Montevidéu, mas foi suspensa pela insistência do desacordo entre os sócios.

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O Uruguai compreende que a Venezuela deveria assumir a presidência rotativa e voltou a explicitar isso em uma nota oficial emitida nesta sexta-feira.

“O Uruguai entende que, no dia de hoje, não existem argumentos jurídicos que impeçam a transferência do posto da presidência pro tempore para a Venezuela”, assinala a nota publicada pelo Ministério das Relações Exteriores.

Montevidéu não se refere a qualquer ato jurídico, pelo qual se teria transferido o cargo a algum dos países sócios do bloco fundado em 1991 e, por isso, a presidência do Mercosul ficaria então vazia.

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