Os chanceleres de Paraguai e Uruguai apresentaram a seus companheiros de Mercosul oficialmente, nesta quinta-feira, em Brasília, uma proposta para detectar e eliminar “as barreiras que dificultam” o comércio entre os sócios do bloco – informou o ministro paraguaio.

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Após a reunião de chanceleres prévia à cúpula de sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, explicou aos jornalistas que a resolução conjunta deve ser analisada neste semestre e que foi bem recebida por outros países.

“Vamos fazer um levantamento de quais são essas barreiras que, de alguma forma, dificultam o comércio interno do Mercosul. É um ‘Plano de Ação’ que colocará sobre a mesa o estado atual dessas normas tarifárias e não tarifárias”, explicou o chanceler.

“Há barreiras, como a necessidade de contar com licenças de exportação, e queremos que isso seja superado, porque não beneficia ninguém. Temos de crescer juntos no Mercosul e nos preparar para os desafios que vamos ter”, enfatizou.

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Conforme Loizada, esses desafios estão relacionados, em parte, com a eventual troca de propostas no final desse ano com a União Europeia (UE) para a criação de uma área de livre-comércio. A negociação começou em 1999 e não concretizou esse primeiro passo.

Cúpula abordará aproximação da UE e incorporação da Bolívia.

Para o ministro, o fato de os países do bloco enfrentarem “processos econômicos difíceis” faz que Paraguai e Uruguai – os sócios menores, que integram o Mercosul com Brasil, Argentina e Venezuela – levem a proposta desse plano adiante.

“Precisamos de comércio intra Mercosul sólido e, sobretudo, da integração das cadeias produtivas que temos e que dão maior competitividade dentro e fora do Mercosul”, frisou o ministro.

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Em junho passado, o presidente de Uruguai, Tabaré Vázquez, recebeu o mandatário paraguaio Horacio Cartes em uma visita, na qual reafirmaram seu pedido de eliminação das barreiras intrabloco.