A Justiça do Uruguai começa a ouvir hoje vítimas de tortura durante a ditadura militar de 1973 a 1985. As audiências foram convocadas menos de um mês após o presidente José Mujica promulgar a lei que termina com a anistia para os crimes considerados contra a humanidade. Numa primeira etapa, devem ser ouvidos 35 denunciantes até dezembro.
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Organizações não governamentais calculam que cerca de 200 pessoas morreram ou desapareceram durante a ditadura no Uruguai. O próprio Mujica passou 14 anos preso e só foi libertado em 1985. A mulher dele, a senadora e primeira-dama Lucía Topolanky também foi militante política e combateu o período militar no país. Ambos integraram o Movimento de Libertação Nacional – Tupamaros.