As eleições estão se aproximando e o atual pleito deve ser um dos mais disputados da história do Brasil, principalmente se for considerado o cenário nacional. O primeiro turno das eleições vai ocorrer em 2 de outubro e o segundo turno, caso necessário, está previsto para acontecer no dia 30 do mesmo mês.
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Apesar da credibilidade do processo eleitoral brasileiro, algumas pessoas estão com dúvida se a urna eletrônica é confiável. No entanto, há uma série de procedimentos que garantem a segurança da urna eletrônica nas eleições brasileiras.
Nesse contexto, é fundamental entender o funcionamento da urna eletrônica e os procedimentos utilizados com o objetivo de garantir a segurança das eleições.
Como funciona a urna eletrônica?
A urna eletrônica faz o registro dos votos de maneira informatizada, aliados aos equipamentos mecânicos que são ativados pelo eleitor por meio dos botões. Na sequência, a urna processa os dados por meio de um programa computacional que fazendo o registro aos datacenters do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
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Na sequência, os dados que chegam aos próprios servidores do TRE passam por um conjunto de certificações de segurança antes de serem finalizados.
Um dos procedimentos corriqueiros nesse contexto é a assinatura digital. Por meio dela torna-se possível certificar que as informações foram geradas corretamente. Depois de fazer a somatória de todos os boletins de urnas, os TREs fazem a totalização dos votos e, posteriormente, encarregam em divulgar os resultados.
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Onde a urna eletrônica foi criada?
A urna eletrônica foi criada no Brasil e começou a ser utilizada nas votações durante as eleições de 1996. Posteriormente, 4 anos depois, a urna passou a ser utilizada para a contabilidade dos votos em todo o país.
Qual a importância do uso dela?
A urna eletrônica facilita os processos relacionados à votação. Isso porque, não é necessário preencher um amplo conjunto de papéis para votar em um candidato específico.
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Com essa nova tecnologia, todo o processo de votação fica facilitado, pois só é necessário digitar o número para voltar no seu candidato predileto.
Sobre esse tema é importante destacar que a urna eletrônica contribuiu para reduzir o número de votos inválidos nas eleições em 82%. Quando a votação era feita em cédulas de papel, pequenos erros ou rasuras impediam a contagem de um voto como válido. Isso era mais comum em pessoas com baixa escolaridade ou analfabetas.
Pode-se dizer, portanto, que a urna eletrônica contribuiu para ampliar a participação popular e facilitou o processo de votação para milhões de brasileiros em diferentes regiões do país.
Quais países usam a urna?
As urnas eletrônicas são utilizadas em vários países e em diferentes regiões pelo mundo. De acordo com o Instituto para Democracia e Assistência Eleitoral Internacional (Idea), 46 países utilizam o voto eletrônico. Além disso, outras 18 nações adotam essa metodologia em pleitos regionais, como são os casos da Suíça, Japão, Austrália e Estados Unidos.
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Reino Unido e França estão estudando a possibilidade de implementar a urna eletrônica para a realização das eleições. Essa tecnologia, portanto, tende a ser implementada em cada vez mais países.
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Por que a urna eletrônica é segura?
A Justiça Eleitoral utiliza um amplo conjunto de procedimentos para otimizar a segurança das informações das urnas eletrônicas. Os processos visam otimizar a integridade, a confidencialidade ou sigilo e a autenticidade dos dados.
Vale ressaltar que todos esses mecanismos foram colocados à prova nos Testes Públicos de Segurança feitos em 2009 e 2012. Em ambas as ocasiões não houve nenhuma tentativa bem sucedida adulteração dos resultados da votação, demonstrando a segurança das urnas.
É importante lembrar os candidatos e partidos podem verificar os resultados. Além disso, o Ministério Público, o próprio eleitor e a Ordem dos Advogados do Brasil também podem fazer esse trabalho.
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Uma forma na qual as pessoas podem verificar os resultados é o boletim de urna. Isso porque, após o fim da votação, todos os cidadãos têm acesso ao boletim com a apuração de votos de cada seção. Os resultados podem ser verificados no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As pessoas podem conferir o resultado de cada seção eleitoral e também do número total de votos.
Por fim, mas não menos relevante, as urnas eletrônicas contam com assinatura digital e são criptografadas, contribuindo para otimizar a segurança dos dados presentes na ferramenta tecnológica.
Como funcionam os testes da urna antes das eleições?
Um dia antes das eleições é feita a Cerimônia de Votação Paralela. Nessa data, há o sorteio das urnas que vão ser verificadas. No dia do pleito, também em cerimônia pública, as urnas são submetidas ao mesmo teste, mas com o registro dos votos.
Como é possível perceber, a urna eletrônica possui uma série de elementos que asseguram a segurança do pleito eleitoral. Isso contribui para assegurar a credibilidade desse importante instrumento da cidadania brasileira. Desse modo, podemos dizer que a urna eletrônica é confiável e que ela tem uma série de elementos que asseguram a credibilidade dos pleitos, incluindo as eleições 2022.
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