Além dos apetites políticos de candidatos e partidos, o que está em jogo no segundo turno de Joinville, Florianópolis e Blumenau? Não é uma pergunta fácil de responder, mas certamente esta resposta passa pelo estilo pessoal de prefeito ou prefeita que o eleitor deseja comandando sua cidade. Como as esquerdas esvaziaram e não surgiram novidades em qualquer outro campo, a disputa foi ideologicamente esvaziada.

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Talvez por isso que se façam cavalos de batalha tão grandes sobre diferenças tão tênues de história e postura entre os candidatos — a participação do governo estadual nas cidades em que o PSD de Raimundo Colombo tem candidato, o histórico da família Amin em Florianópolis, etc.

Certo é que no fim restará ao eleitor desengajado, o que verdadeiramente define as eleições, decidir se prefere o austero e um tanto teimoso empresário Udo Döhler (PMDB) ou o parlamentar negociador com cara de político Darci de Matos (PSD). Se quer Florianópolis de novo sob comando da centralizadora e experiente Angela Amin (PP) ou se é a vez do hábil articulador Gean Loureiro (PMDB) liderar um governo após ter apoiado três dos últimos quatro prefeitos, inclusive Angela. Se o blumenauense entende que o carismático e agregador Napoleão Bernardes (PSDB) merece um novo mandato ou se deve perder o posto para Jean Kuhlmann (PSD), liderança comunitária de vários mandatos legislativos.

É nessas diferenças de estilo, virtudes e defeitos entre os seis candidatos é que o eleitor vai precisar se agarrar na hora de escolher seus novos prefeitos. Não porque opções muito melhores tenham ficado pelo caminho, mas porque o cenário político catarinense parece hoje imune a novidades. O segundo turno das três principais cidades do Estado deixa claro isso: mesmo onde os nomes não se repetem em relação a 2012, os grupos políticos na disputa são idênticos à eleição anterior.

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