Eleito mais uma vez para governar Itajaí, Volnei Morastoni (PMDB) tem conseguido fazer um processo tranquilo de transição com o atual prefeito e ex-rival Jandir Bellini (PP). Enquanto isso, tenta ampliar sua base na Câmara de Vereadores e busca subsídios para uma audiência sobre a gestão do porto com o presidente Michel Temer (PMDB) ainda antes de assumir o mandato. Confira:

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Como está a transição?

Está acontecendo tranquilamente. O prefeito Jandir Bellini (PP) abriu as portas e está colaborando para que a transição seja a mais participativa. Ainda estamos esperando algumas informações. Todas as terças-feiras pela manhã eu despacho diretamente com ele vários assuntos. Estamos encaminhando o documento com todas as informações que nós desejamos. Ele vai mandar os dados em até dez dias e eu estou instalando as equipes de transição por área. Saúde, educação, Porto, e assim por diante. Semana que vem elas começam a trabalhar.

Já tem nomes para a equipe?

Ainda estamos ouvindo pessoas, tomando pé da situação em todas as áreas. Eu quero adotar um processo mais cauteloso sobre a equipe, porque temos que encontrar as pessoas certas para o lugar certo. Ver perfil, privilegiar o técnico sobre o político. Estamos conduzindo sem pressa.

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Pretende trazer nomes de sua primeira gestão?

Com certeza a imensa maioria será renovada. É outra realidade, são outros tempos, outras condicionantes. Estamos estudando isso sem pressa, até porque depois de definido alguém é difícil voltar atrás. E quero preencher no máximo a metade dos cargos, para que depois a gente possa preencher devagar, aos poucos. Ainda quero definir com o conselho político eventuais órgãos que possam ser extintos, outros que podem ser criados.

Como ficou a governabilidade na Câmara de Vereadores?

Embora nossa aliança tenha eleito apenas seis dos 21 vereadores, a maioria é sensível a ter uma composição pelo interesse da cidade. O governo é a somatória do Executivo e do Legislativo. Os vereadores têm responsabilidade para que a maioria possa dar esse apoio para que o Executivo possa encaminhar a vida normal da cidade.

Alguma conversa avançada?

Estamos falando com todos eles. Com vereadores do PP, do PR, do SDD, do PCdoB, com todos. Não tem nenhuma distinção.

O senhor disse que não dava para esperar a posse para tomar medidas concretas em relação ao porto. O que pretende fazer?

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Estamos levantando toda a situação para obter mais informações. Conversei com vários setores, técnicos do porto, da atual gestão, da APM Terminals. Vamos elaborar um documento até meados de novembro. Com o documento pronto, embasando todos os encaminhamentos que vamos fazer junto ao governo estadual e federal. Estou falando com deputados para articular uma audiência com a presidência da República sobre a questão do porto.