A volta do intervalo para o almoço reservou dois questionadores indigestos para a presidente afastada Dilma Rousseff (PT): os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). Adversário na ferrenha disputa presidencial de 2014, Aécio levou à tribuna trechos de falas da petista durante os debates daquela campanha eleitoral em que negava possibilidade de aumento da inflação ou queda na economia. Perguntou se Dilma tinha arrependimento sincero pelos resultados da economia em crise. O tema também entrou na fala de Ronaldo Caiado, um dos mais ferozes opositores dos governos petistas.

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Embora o tom da resposta de Dilma tenha ganho em componente político quando se dirigiu a Aécio, ambas as falas tiveram a mesma essência. Como já havia dito a outros senadores, a petista citou contextos internacionais para justificar o aumento da crise brasileira, especialmente mudanças na política econômica dos Estados Unidos que levaram a desvalorização de moedas de vários países, incluindo o Real.

Havia muita expectativa para o confronto direto entre Dilma e Aécio, acompanhado com muita atenção no plenário – o ex-presidente Lula ouvia em silêncio a pergunta-discurso do tucano. Na resposta, voltou a conversar com Chico Buarque, a estrela da companhia trazida para apoiar a presidente afastada.

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